Memórias do passado fabril e operário da cidade do Rio Grande

construindo narrativas patrimoniais e museais contra-hegemônicas

Resumo

A cidade do Rio Grande (RS) ficou conhecida como “cidade das chaminés” em detrimento da sua consolidação como um polo industrial do Rio Grande do Sul. A presença de centenas de fábricas transformou Rio Grande em uma cidade operária. Entretanto, esse passado é constantemente invisibilizado e desvalorizado. Este artigo tem por intuito analisar de que forma o patrimônio industrial é representado nos museus e narrativas patrimoniais oficiais. As análises aqui realizadas são frutos de dois projetos de pesquisa e extensão, que atuam como parceiros em diferentes iniciativas locais. Em termos teóricos, baseamos as análises em uma leitura interdisciplinar do patrimônio industrial, da memória e dos museus. Nossos resultados apontam que os bens relativos ao período colonial e de presença portuguesa são mais valorizados do que os do passado operário, contribuindo para a falta de representatividade da maior parte da população nas narrativas patrimoniais e museológicas.

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Biografia do Autor

Olivia Silva Nery, Universidade Federal de Pelotas
Doutora em História (PUCRS). Mestre em Memória Social e Patrimônio Cultural (UFPel). Bacharel em História (FURG). Atualmente é pesquisadora de Pós-Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural (UFPel) com bolsa FAPERGS (Programa de Apoio à Fixação de Jovens Doutores no Brasil). Contato: olivianery@gmail.com.
Publicado
2024-07-28