Memórias do passado fabril e operário da cidade do Rio Grande
construindo narrativas patrimoniais e museais contra-hegemônicas
Resumo
A cidade do Rio Grande (RS) ficou conhecida como “cidade das chaminés” em detrimento da sua consolidação como um polo industrial do Rio Grande do Sul. A presença de centenas de fábricas transformou Rio Grande em uma cidade operária. Entretanto, esse passado é constantemente invisibilizado e desvalorizado. Este artigo tem por intuito analisar de que forma o patrimônio industrial é representado nos museus e narrativas patrimoniais oficiais. As análises aqui realizadas são frutos de dois projetos de pesquisa e extensão, que atuam como parceiros em diferentes iniciativas locais. Em termos teóricos, baseamos as análises em uma leitura interdisciplinar do patrimônio industrial, da memória e dos museus. Nossos resultados apontam que os bens relativos ao período colonial e de presença portuguesa são mais valorizados do que os do passado operário, contribuindo para a falta de representatividade da maior parte da população nas narrativas patrimoniais e museológicas.Downloads
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Publicado
2024-07-28
Seção
Dossiê
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