Percursos do Patrimônio Cultural em Minas Gerais
Resumo
O artigo examina o processo de produção do patrimônio cultural no Estado de Minas Gerais, mapeando a atuação do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e do IEPHA (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais), sob o prisma da distribuição geográfica e da natureza dos bens tombados e registrados ao longo do tempo. As primeiras medidas protetivas do IPHAN no estado ocorreram no ano seguinte à sua criação, em 1938, e somente em 1971, surgiria o IEPHA, atuando complementarmente ao IPHAN. Por meio da sistematização de dados disponibilizados nos sites do IPHAN e do IEPHA, foi possível compreender e problematizar, à luz do pensamento e das políticas patrimoniais, um percurso histórico que vai da notável concentração geográfica e tipológica do patrimônio protegido entre as décadas de 1930 e 1970, à progressiva expansão geográfica e diversificação tipológica a partir de 1980.