Percursos do Patrimônio Cultural em Minas Gerais

Resumo

O artigo examina o processo de produção do patrimônio cultural no Estado de Minas Gerais, mapeando a atuação do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e do IEPHA (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais), sob o prisma da distribuição geográfica e da natureza dos bens tombados e registrados ao longo do tempo. As primeiras medidas protetivas do IPHAN no estado ocorreram no ano seguinte à sua criação, em 1938, e somente em 1971, surgiria o IEPHA, atuando complementarmente ao IPHAN. Por meio da sistematização de dados disponibilizados nos sites do IPHAN e do IEPHA, foi possível compreender e problematizar, à luz do pensamento e das políticas patrimoniais, um percurso histórico que vai da notável concentração geográfica e tipológica do patrimônio protegido entre as décadas de 1930 e 1970, à progressiva expansão geográfica e diversificação tipológica a partir de 1980.

 

Biografia do Autor

Letícia Julião , UFMG

Doutora em História (2008) pela Universidade Federal de Minas Gerais, com período sanduíche na Université Paris 1 Pantheon-Sorbonne. Mestre em Ciência Política (1992) pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professora associada da Universidade Federal de Minas Gerais, atuando no curso de graduação de Museologia/Escola de Ciência da Informação e nos Programas de Pós Graduação em Ciência da Informação/UFMG, Promestre/UFMG e Museologia e Patrimônio/UFRGS. Foi coordenadora da Rede de Museus da UFMG (2017/2021), Superintendente de Museus do Estado de Minas Gerais (2007-2010) e diretora do Museu Histórico Abílio Barreto (1995-1996/1999-2000) Pesquisadora de Museus, Patrimônio Cultural, Musealização e Coleções universitárias.

Cristiane Calheiros Lei, Centro de Memória da Justiça Eleitoral de Minas Gerais

Pós-graduanda em Gestão e Projetos de Patrimônio Cultural pela Universidade do Estado de Minas Gerais e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais. Graduada em Museologia pela UFMG com pesquisa em processos de musealização e museologia social. Experiência em documentação e reserva técnica. Atualmente é museóloga do Centro de Memória da Justiça Eleitoral de Minas Gerais.

Karla Santos, UFMG

Graduada em Museologia pela UFMG. Tem experiência na área de museologia, com enfoque em documentação e mediação de acervo musealizado. É membro da Rede Museologia Kilombola e desenvolve pesquisa na área do patrimônio negro.

Publicado
2025-07-30