O Fandango como prática à luz de uma perspectiva decolonial
Resumo
Este artigo apresenta um olhar sobre a prática do fandango do povo caiçara, lida aqui à luz da perspectiva decolonial como prática de resistência ao eurocentrismo e branquitude.. O grupo tem sido lido como proveniente da miscigenação do colonizador português com os nativos da região (Iphan, 2011, p.7).. Na atualidade habitam regiões dedos litorais de São Paulo e Paraná Como um grupo subalternizado, ainda na atualidade enfrenta violências produto das formas de imposição do sistema euro-capitalista . Dentro da vivência caiçara do sul brasileiro vemos o fandango como principal manifestação cultural, não sendo apenas
música e dança, mas uma forma de manutenção e construção dos processos de pertencimento. O eurocentrismo levou a população caiçara a um processo de apagamento,
mas a partir da década de 1970 a história, características regionais, atividades do povo,
hábitos culturais, começaram a ser o fandango identificado como bem cultural móvel.