O Fandango como prática à luz de uma perspectiva decolonial

  • Ana Paula Coelho
  • Rafael Slomp de Azevedo
  • Bárbara Caramuru UFPR

Resumo

Este artigo apresenta um olhar sobre a prática do fandango do povo caiçara, lida aqui à luz da perspectiva decolonial como prática de resistência ao eurocentrismo e branquitude.. O grupo tem sido lido como proveniente da miscigenação do colonizador português com os nativos da região (Iphan, 2011, p.7).. Na atualidade habitam regiões dedos litorais de São Paulo e Paraná Como um grupo subalternizado, ainda na atualidade enfrenta violências produto das formas de imposição do sistema euro-capitalista . Dentro da vivência caiçara do sul brasileiro vemos o fandango como principal manifestação cultural, não sendo apenasmúsica e dança, mas uma forma de manutenção e construção dos processos de pertencimento. O eurocentrismo levou a população caiçara a um processo de apagamento,mas a partir da década de 1970 a história, características regionais, atividades do povo,hábitos culturais, começaram a ser o fandango identificado como bem cultural móvel.

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Biografia do Autor

Ana Paula Coelho
Ana Paula dos Santos Coelho, Possui graduação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Tuiuti do Paraná (2010). Em Curitiba atuou com mediação cultural e assessoria de imprensa em Patrimônio Material junto ao SESC-PR na ocasião da reabertura do Paço da Liberdade. Atuou como vitrinista na Zara Brasil. Tem experiência na área de Comunicação, Social Media. Atualmente faz parte do mestrado no Programa de Pós Graduação em Música da UNESPAR, com o projeto "O Fandango caiçara da Associação de Cultura Popular Mandicuera e suas estratégias para as novas gerações".
Rafael Slomp de Azevedo
Designer gráfico com experiência na área editorial, com afeição a publicação de livros físicos. Juntamente,trabalha no campo da antropologia-visual, na esfera de filmes etnomusicais. Trabalhou com o processolaboratorial de filmes analógicos e a ampliação de negativos fotográficos; ministrou oficinas de desenho comexecução de graffiti e a sua reflexão de pertencimento a cidade para jovens da periferia curitibana; em umaprodutora de cinema realizando materiais gráficos assim como a produção de filmes. É sócio-proprietário daEditora VOAR com livros publicados voltados a antropologia visual; história, geografia, botânica e artes visuais.Atua essencialmente em: etnomusicologia audiovisual e publicação de livros fotográficos.
Bárbara Caramuru, UFPR
Antropóloga e Historiadora. Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFSC.Atualmente é TAE no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná. Ministrou adisciplina de decolonialidades no PPGAA da UFPR, onde esse artigo foi desenvolvido.
Publicado
2025-01-29