Memória e patrimônio imaterial no Médio Piracicaba, Minas Gerais

  • Raimundo Expeditos dos Santos Sousa Universidade Federal de Minas Gerais

Resumo

Nas últimas décadas, o revigoramento do interesse pelo passado implica o investimento discursivo na memória, depositária do afã pela retenção da experiência histórica, esvaziada de sentido frente à vertiginosa obsolescência que notabiliza a sociedade contemporânea. Contudo, uma vez que a “memória oficial”, assentada no dilema entre a lembrança e o recalque, possui caráter excludente, tornam-se politicamente significativas memórias disjuntivas como as manifestações populares, capazes de apresentar formas contra-hegemônicas de articulação identitária. Nesse diapasão, este trabalho concebe a imaterialidade como necessário alargamento do conceito de patrimônio, uma vez que democratiza a participação de diferentes estratos sociais na organização da cultura. Assim, este trabalho procede a um estudo em torno do patrimônio intangível, com enfoque em três manifestações culturais peculiares à microrregião do Médio Piracicaba, Minas Gerais, que denomino o linguajar dos sinos, o dialeto do macaco e o ouro vermelho.

Biografia do Autor

Raimundo Expeditos dos Santos Sousa, Universidade Federal de Minas Gerais
Doutorando em Teoria da Literatura e Literatura Comparada (linha de pesquisa Literatura, História e Memória Cultural) na Universidade Federal de Minas Gerais; mestre em Teoria Literária e Crítica da Cultura (linha de pesquisa Literatura e Memória Cultural) pela Universidade Federal de São João del-Rei; graduado em Letras pela Universidade Federal de São João del-Rei. Atualmente é bolsista de doutorado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG).
Publicado
2016-01-08
Seção
Ensaios