Assistência e Poder: as Sociedades Portuguesas de Beneficência nos municípios do extremo sul do Rio Grande no século XIX
Resumo
Este trabalho objetiva apresentar investigação sobre as Sociedades Portuguesas de Beneficência do Rio Grande do Sul em perspectiva comparada no período que compreende os anos de 1854 a 1910. Trata do estudo das Instituições de Beneficência Portuguesa no extremo sul do Brasil no século XIX no que refere a constituição e formação de elites regionais em quatro municípios: Porto Alegre, Rio Grande, Pelotas e Bagé. A Sociedade Portuguesa de Beneficência é uma instituição hospitalar criada por imigrantes portugueses no Brasil e no mundo colonial português, a partir da segunda metade do século XIX, dependente do pagamento e de doações advindas, normalmente, dos seus associados. Na Província, as funções primordiais das beneficências pautavam-se pela promoção da representação pública dos imigrantes como indivíduos de boa educação e cultura. Ao abordar a constituição das instituições nas cidades supracitadas, em suas ações representativas, percebeu-se que as Sociedades procuraram ressaltar valores ideológicos que remetiam a sua identificação enquanto portuguesas nas comunidades locais, ao mesmo tempo que, na evidencia da ligação com a formação de elites, a distinção e a possibilidade de emergência como poder. A partir de suas representações, as Instituições de Beneficência declararam a sua sujeição a cultura compartilhada reforçando o vínculo entre assistência, caridade e poder e constituindo um panorama social singificativo nas cidades do extremo sul do Brasil.
Publicado
2016-09-21
Edição
Seção
Relatórios
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