STEFAN ZWEIG COMO MEDIADOR CULTURAL EM "BRASIL, UM PAÍS DO FUTURO": APLICAÇÃO PRÁTICA NO ENSINO DE ALEMÃO E/OU PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA
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Resumo
Filho de um rico empresário têxtil judeu, Stefan Zweig nasce na Áustria. Quando os nazistas tomam o poder na Alemanha em 1933 e promovem queimas de livros, obras suas também são alvos dessas ações. Em 1941, emigra com sua segunda esposa, Lotte, para o Brasil, indo viver em Petrópolis. O ditador Getúlio Vargas concede-lhe visto de permanência, por Zweig, supostamente, “cheio de entusiasmo por um país onde não parecia haver vestígios de conflito racial e agradecido por ter encontrado abrigo” (Die Zeit, 2013/07/02), ter escrito o livro Brasil, um país do futuro. Sofrendo de depressão, Zweig, juntamente com Lotte, suicida-se em 1942, ingerindo barbitúricos. Com base em conceitos factuais de cultura e civilização (faktische Landeskunde; cf. Biechele/Padrós, 2003, 21ff.), neste artigo examinaremos fatos descritos e números apresentados na obra supramencionada quanto a aspectos geográficos, históricos, sociais e culturais. Mediante uma abordagem contrastiva, cotejaremos fatos e números daquela época, por amostragem aleatória, com as condicionantes ora vigentes, para constatarmos se/como o país louvado por Zweig mudou, após quase oito décadas. Analisaremos, por fim, se a imagem do Brasil apresentada por Zweig coincide, na visão dos leitores atuais, com a realidade brasileira hodierna, e, se essa imagem necessitar de “atualização”, como alguns trechos da obra poderiam ser alterados, visando-se à tematização de aspectos interculturais (p. ex. com uma abordagem centrada na ação e nos aprendizes; cf. Bischof/Kessling/Krechel 2003, 33ff.) no ensino de alemão e/ou português como língua estrangeira.
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