PARTICULARIDADES NA TRADUÇÃO DE CIÊNCIA: UMA LEITURA DISCURSIVA
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Resumo
A expansão da produção científica para além das fronteiras nacionais está na ordem do dia da maioria das Instituições de Ensino Superior (IES) do país. Se, no âmbito das Ciências Naturais o uso da língua inglesa parece estar consolidado como a língua da ciência, na área das Ciências Sociais há ainda ressalvas acerca de seu uso para disseminar resultados de pesquisas locais. Considerando o importante papel que a disseminação da produção científica possui, sobretudo publicações de artigos em periódicos, o presente trabalho tem por objetivo propor uma discussão sobre as particularidades na tradução de textos dessas duas áreas da ciência. Para tanto, valemo-nos das contribuições de Michel Pêcheux e da perspectiva discursiva. Partindo de elementos distintivos e constitutivos de cada uma das áreas foi possível delinear uma Formação Discursiva da ciência (FDc), cuja forma-sujeito organiza saberes divergentes sendo, portanto, concebida como fragmentada em duas posições-sujeito (PS) distintas. A primeira (PS1), relativa aos saberes das Ciências Naturais, mais parafrástica, cujo funcionamento indica maior manutenção de sentidos, e, outra (PS2) mais polissêmica e relativa aos saberes das Ciências Sociais. Assim, a tradução de artigos científicos é pensada em sua relação com a FDc, tanto no primeiro gesto, no qual o tradutor é leitor do texto fonte, quanto no segundo, ao produzir o texto alvo. Com esta reflexão esperamos contribuir para um olhar mais crítico para as questões que envolvem a tradução de textos de natureza científica, argumentando que não se trata de mera relação de equivalência entre termos ou transposição de um sistema linguístico para outro, mas, sim, de uma complexa relação entre diferentes discursividades.
Palavras-chave: Tradução; Ciências Naturais; Ciências Sociais; Discurso.
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