ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE A TESE VIII, DE WALTER BENJAMIN, EM SOBRE O CONCEITO DE HISTÓRIA
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Resumo
Trata-se de uma breve exegese sobre alguns conceitos da obra benjaminiana, especialmente conceitos de memória, recordação, progresso e barbárie. O esquecimento utilizado como estratégia de defesa de regimes totalitários e a atualidade de Walter Benjamin ao solicitar que “se puxe os freios de emergência”, a fim de evitar que haja mais mortos, mais oprimidos e mais injustiçados. O caminho continua difícil, pois há muitas ditaduras, muita miséria e exclusão. Os campos de concentração, que eram espaços fechados, parecem hoje abertos e os excluídos passeiam por megacidades, abandonados pelo sistema social, em atividades como, por exemplo, a de catadores, reciclando materiais que quase nada significam em termos de sobrevivência digna, mas que limpam a cidade das misérias do capitalismo, enquanto o sistema empurra as classes mais abastadas e médias para os templos de consumo e do esquecimento da História, com “H” maiúscula para se diferenciar do historicismo, este que conta a história de forma mecânica como um relógio, calculando matematicamente a ordem das datas e a lista dos vencedores, gerando muita empatia pelo mais forte. Essa perversa lógica de progresso, que avança como um caranguejo, fazendo diariamente milhões de vítimas e mortos, assolados por falta de condições mínimas de vida e muitas ainda são vítimas de armamentos cada vez mais sofisticados, químicos e/ou nucleares. Diariamente temos o crime hermenêutico do esquecimento das vítimas da História, em que os mortos jazem nas covas, mas continuam a clamar por justiça.
Palavras-chave: Walter Benjamin; Recordação; Esquecimento; Progresso. Barbárie.
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