O ESQUECIMENTO/APAGAMENTO COMO AVESSO CONSTITUTIVO NO (PER)CURSO DA MEMÓRIA DISCURSIVA: O (O)CASO DE MONUMENTOS

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Gesualda dos Santos Rasia

Resumo

Neste estudo debatemos, na perspectiva da Análise do Discurso, acerca das disputas em torno da narrativa histórico-memorialística. Tomamos por objeto debate institucional em torno da alocação ou não em local público de busto de personagem histórico. Apresentamos os argumentos das diferentes posições à luz da inscrição ideológica dos sujeitos e procuramos entender, na construção/defesa das diferentes propostas, os modos pelos quais a memória se manifesta, da fixidez ao movimento. Memória histórica que se coloca como narratividade a ser interpretada, porque emerge enquanto discursividade. Mobilizamos, para tanto, as noções de apagamento, substituição, dobradura e a de memória como sutura, na perspectiva de mostrar, pelo funcionamento linguageiro-discursivo, como esses funcionamentos se materializam nas práticas em confronto e nos sentidos em dissenso.

Downloads

Não há dados estatísticos.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
Rasia, G. dos S. (2022). O ESQUECIMENTO/APAGAMENTO COMO AVESSO CONSTITUTIVO NO (PER)CURSO DA MEMÓRIA DISCURSIVA: O (O)CASO DE MONUMENTOS. Caderno De Letras, (41), 199-214. https://doi.org/10.15210/cdl.v0i41.21534
Seção
Dossiê
Biografia do Autor

Gesualda dos Santos Rasia, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Departamento de Literatura e Linguística

Referências

CAZARIN, E. A. Identificação e representação política: uma análise do discurso de Lula. Ijuí: Unijuí, 2015.
FERNANDES, M. Passado que incomoda. Correio Braziliense, Brasília, p. 6, 21 set. 2015. Editoria Brasil.
GADET, F.; HAK, T. (org.). Por uma análise automática do discurso. Campinas: Editora da Unicamp, 1993.
INDURSKY, F. Políticas de esquecimento x políticas de resgate da memória. In: FLORES, G. G. B.; NECKEL, N. R. M.; GALLO, S. M. L. (org.). Análise de discurso em rede: cultura e mídia. Campinas: Pontes, 2015. v. 1.
LE GOFF, J. História e memória. Campinas: Ed. da Unicamp, 1990.
LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE. Por que derrubamos o busto de Suplicy de Lacerda? Curitiba, 2 abr. 2014. Facebook: levantepopulardajuventude. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2021.
LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE. Sobre. Facebook: levantepopularda
juventude. Disponível em: about/?ref=page_internal>. Acesso em: 10 jun. 2021.
NORA, P. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História, São Paulo, v. 10, dez. 1993. Disponível em: article/view/12101/8763>. Acesso em: 23 jul. 2021.
PÊCHEUX, M. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas: Editora da Unicamp, 1988.
PÊCHEUX, M.; ACHARD, P. et al. O papel da memória. Campinas: Pontes, 1999.
PÊCHEUX, M.; FUCHS, C. [1975]. A propósito da Análise Automática do Discurso: atualizações e perspectivas. In: GADET, F.; HAK, T. (org.). Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Campinas: Editora da Unicamp, 1990.
RASIA, G. dos S. Intolerância e resistência: a memória como tecido suturado. 24 set. 2020. In: SEMINÁRIO INTERNO INSTITUCIONAL PRIMAVERA DE PESQUISAS NO SUL, 1., Curitiba; Guarapuava; Santa Maria. Comunicação oral. Curitiba: UFPR; Guarapuava: Unicentro; Santa Maria: UFSM, 2020. Disponível em: youtube.com/watch?v=nGBxosn7nDg>. Acesso em: 23 jul. 2021.
ROBIN, R. A memória saturada. Campinas: Editora da Unicamp, 2016.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Conselho Universitário. Resolução 7/2017, de 25 de maio de 2017. Curitiba: Conselho Universitário, 2017. Disponível
em: . Acesso em: 10 jun. 2021.
VENTURINI, M. C. Imaginário urbano: espaço derememoração/comemoração. Passo Fundo: UPF Editora, 2009.