PRESENÇAS CIGANAS NA FRANÇA (E OUTROS PAÍSES EUROPEUS): A ABORDAGEM POLÍTICA E A PERCEPÇÃO DO OUTRO
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Resumo
A história dos ciganos na Europa remonta ao final da Idade Média. A grande diversidade de grupos familiares, sob as denominações autonímicas que eles mesmos se dão (Manouches, Roms, Sinté, Sinti, Gitans, Gypsies, Travellers, Yéniches, Voyageurs…) ou segundo os nomes mais ou menos pejorativos que lhes são atribuídos (Egípcios, boêmios, romanichels, nômades) vem acompanhada de uma pluralidade de modos de estar no mundo e de práticas do espaço, entre circulações e ancoragens. Apesar do seu reconhecimento entre as populações medievais e renascentistas, a política adotada pelo poder público em relação às minorias ciganas dá testemunho das constantes medidas discriminatórias e persecutórias. Portanto, não é surpreendente que, com algumas exceções, a língua Romani, sujeita a nenhum reconhecimento oficial, na França em particular, tenha sido reduzida ao silêncio. A produção iconográfica dedicada aos ciganos revela, entretanto, uma mistura contraditória de atitudes feitas de hospitalidade e de hostilidade.
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