PRESENÇAS CIGANAS NA FRANÇA (E OUTROS PAÍSES EUROPEUS): A ABORDAGEM POLÍTICA E A PERCEPÇÃO DO OUTRO

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Emmanuel Filhol

Resumo

A história dos ciganos na Europa remonta ao final da Idade Média. A grande diversidade de grupos familiares, sob as denominações autonímicas que eles mesmos se dão (Manouches, Roms, Sinté, Sinti, Gitans, Gypsies, Travellers, Yéniches, Voyageurs…) ou segundo os nomes mais ou menos pejorativos que lhes são atribuídos (Egípcios, boêmios, romanichels, nômades) vem acompanhada de uma pluralidade de modos de estar no mundo e de práticas do espaço, entre circulações e ancoragens. Apesar do seu reconhecimento entre as populações medievais e renascentistas, a política adotada pelo poder público em relação às minorias ciganas dá testemunho das constantes medidas discriminatórias e persecutórias. Portanto, não é surpreendente que, com algumas exceções, a língua Romani, sujeita a nenhum reconhecimento oficial, na França em particular, tenha sido reduzida ao silêncio. A produção iconográfica dedicada aos ciganos revela, entretanto, uma mistura contraditória de atitudes feitas de hospitalidade e de hostilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
Filhol, E. (2022). PRESENÇAS CIGANAS NA FRANÇA (E OUTROS PAÍSES EUROPEUS): A ABORDAGEM POLÍTICA E A PERCEPÇÃO DO OUTRO. Caderno De Letras, 31-37. https://doi.org/10.15210/cdl.v0i0.22019
Seção
Artigos

Referências

ASSEO, H. Le principe de circulation et l’échec de la mythologie transeuropéenne. Revue de Synthèse, t. 123, Circulation et cosmopolitisme en Europe, 2002, pp. 86-110.
ASSEO, H. Les Tsiganes. Une destinée européenne. Paris : Gallimard, « Découvertes », 1993.
DE CERTEAU, M. ; JULIARD, D. ; REVEL, J. Une politique de la langue. Paris : Gallimard, 1975.
DE CERTEAU, M. L’Invention du quotidien, I, arts de faire [1980]. Paris: Gallimard, « Folio Essais », 1992.
FURETIERE, A. Dictionnaire françois, contenant les mots et les choses… 2 vol., Genève : chez Jean Herman Wderhold ; rééd., Genève : Slatkine Reprints, 1994.
FILHOL, E. A percepção da língua cigana na França, Tradução: Eni Puccinelli Orlandi, Linguas. Instrumentos Lingüisticos, Julho-Dezembro 2007, n° 20, pp. 57-68.
FILHOL, E.; HUBERT, M-C. Les Tsiganes en France. Un sort à part. 1939-1946, Préface par Henriette Asséo. Paris: Perrin, 2009.
FILHOL, E. Le Contrôle des Tsiganes en France, 1912-1969. Paris: Karthala, 2013.
FRAZER, A. The Gypsies. Oxford UK & Cambridge USA: Blackwell, 1992.
PECHEUX, M. L’Inquiétude du Discours. Textes de Michel Pêcheux, choisis et présentés par Denise Maldinier, Paris: Éditions des Cendres, 1990.
SUTRE, A. Géopolitique des Tsiganes. Des façons d’être au monde entre circulations et ancrages. Paris: Le Cavalier Bleu, 2021.
VALET, J. Contes Manouches. Clermont-Ferrand: chez l’auteur, 1988.
DE FOLETIER, F de V. Les Tsiganes dans l’Ancienne France. Paris: Société d’Édition Géographique et Touristique, 1962.
WILLIAMS, P. Nous, on en parle pas. Les vivants et les morts chez les Manouches. Paris: Éditions de la Maison des Sciences de l’Homme, Paris, 1993.
WILLIAMS, P. Langue tsigane. Le jeu romanes. Études Tsiganes, nouvelle série, n° 16, 2003, Langue et culture/1 : pratiques langagières, pp. 11-41.
WILLIAMS, P. Langue tsigane : romani/romanes. In: CERQUIGLINI, B. Les langues de France. Textes rassemblés par M. Alessio et J. Sibille. Publié avec le concours du ministère de la Culture et de la Communication, Délégation générale à la langue française et aux langues de France. Paris: Presses universitaires de France, 2003, pp. 243-248.
ZIMMERMANN, M. Rassenutopie und Genozid : Die nationalsozialistiche « Lässung der Zigeunerfrage ». Hamburg: Christians, 1996.