O PROCESSO DE SIGNIFICAÇÃO DE CIDADÃO/CIDADANIA NO CONTEXTO DE REDEMOCRATIZAÇÃO

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Carolina Fernandes
http://orcid.org/0000-0001-5395-827X
Matheus Rodrigues dos Santos
http://orcid.org/0000-0003-4876-1952

Resumo

Este estudo está vinculado aos pressupostos teórico-metodológicos da Análise de Discurso Materialista, teoria que nos permite compreender a produção de sentidos em seu funcionamento ideológico e político. Neste artigo, buscamos analisar como a concepção de “cidadão” e “cidadania” se constitui a partir do processo de redemocratização do Estado brasileiro, a fim de construir um imaginário social para o cidadão enquanto um sujeito de direito em uma nação democrática. Para tanto, analisamos sequências discursivas da Constituição Federal de 1988 e da Lei de Diretrizes e Bases de 1996 a fim de observar os movimentos de sentidos para compreender os processos de significação para o cidadão brasileiro e sua educação. A partir da análise realizada, esta pesquisa nos possibilitou compreender que os sentidos se produzem na imbricação entre duas formações discursivas, configurando-se em distintas posições-sujeito que dividem o sujeito-cidadão entre o individual e o social.

Downloads

Não há dados estatísticos.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
Fernandes, C., & dos Santos, M. R. (2022). O PROCESSO DE SIGNIFICAÇÃO DE CIDADÃO/CIDADANIA NO CONTEXTO DE REDEMOCRATIZAÇÃO. Caderno De Letras, 111-135. https://doi.org/10.15210/cdl.v0i0.22626
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Carolina Fernandes, Universidade Federal do Pampa - Unipampa

Doutora em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), professora na Universidade Federal do Pampa (Unipampa), atuando na graduação e pós-graduação. Tutora do grupo PET-Letras com bolsa FNDE. Coordenadora substituta do Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Línguas (Unipampa).

Matheus Rodrigues dos Santos, Universidade Federal do Pampa - Unipampa

Mestrando no Curso de Mestrado Acadêmico em Ensino da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), graduado em Letras pela mesma instituição. Diretor Geral da Mídia RNC.

Referências

ALTHUSSER, L. Aparelhos ideológicos de Estado. 6 ed. Rio de Janeiro: Graal, 1992.
ARELARO, L. R. G.. Resistência e Submissão. A reforma educacional na década de 1990. In: KRAWCZYK, N.; CAMPOS, M. M.; HADDAD, S. (orgs.). O cenário educacional latino-americano no limiar do século XXI: reformas em debate - Campinas, SP: Autores Associados, 2000.
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Brasília, 1988.
BRASIL/MEC. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: 20 de dezembro de 1996.
BRASIL. A gênese do texto da Constituição de 1988. Brasília, 2013.
BUENO, E. Os anos de chumbo. In: Brasil: uma História - cinco séculos de um país em construção. Rio de Janeiro: Leya, 2012.
COURTINE, J.-J. [1981]. Análise do discurso político: o discurso comunista endereçado aos cristãos. São Carlos: EDUFSCAR, 2009.
DI SPAGNO, J. Constituição de 1988: tudo o que você precisa saber. Guia do Estudante. São Paulo: Editora Abril, 4 de fev. 2020. Estudo. Disponível em https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/constituicao-de-1988-tudo-que-voce-precisa-saber/. Acesso em: 28 março de 2022.
FONSECA, M. O Banco Mundial e a Educação: Reflexões sobre o caso brasileiro. In: GENTILI, P. (org.). Pedagogia da exclusão: o neoliberalismo e a crise da escola pública (crítica ao neoliberalismo na educação). Petrópolis. RJ: Vozes, 1995.
HAROCHE, C.; HENRY, P.; PÊCHEUX, M. ([1971]). A semântica e o corte saussuriano: língua, linguagem, discurso. In: BARONAS, R. L. (org.). Análise do discurso: apontamentos para uma história da noção-conceito de formação discursiva. 2 ed. São Carlos: Pedro & João Editores, 2011.
INDURSKY, F. A fala dos quartéis e as outras vozes. 2 ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2013.
MARX, K.; ENGELS, F. A Ideologia Alemã. Trad. Castro e Costa, L. C. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
ORLANDI, E. P. Segmentar ou Recortar. Série Estudos, n. 10. Uberaba: FIU, 1984.
ORLANDI, E. P. A Análise do Discurso: Algumas observações. Delta, v.2, n.1, pp.105- 26, 1986.
ORLANDI, E. P. Interpretação: autoria, leitura e efeitos do trabalho simbólico. 5 ed. São Paulo, Campinas: Pontes, 2007.
ORLANDI, E. P. [1983]. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. 5 ed. Campinas, São Paulo: Pontes, 2009.
ORLANDI, E. P. Discurso em Análise: Sujeito, Sentido, Ideologia. Campinas, SP, Pontes, 2012.
ORLANDI, E. P. Linguagem e educação social: a relação sujeito, indivíduo e pessoa. RUA [online], v. 2, número 20, pp. 187-198, 2015.

PÊCHEUX, M. [1969]. Por uma análise automática do discurso. In: GADET, F. & HAK, T. (orgs.). Análise do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Campinas: Editora da UNICAMP, 1993.
PÊCHEUX, M. [1975]. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas, São Paulo: Editora da UNICAMP, 2009.
PÊCHEUX, M. [1983]. O papel da memória. In: ACHARD, Pierre et al. (orgs). Papel da memória. São Paulo: Pontes, 1999. p. 49-57.
PÊCHEUX, M.; FUCHS, C. [1975]. Por uma análise automática do discurso: atualização e perspectivas. In: GADET, F. & HAK, T. (orgs.). Análise do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Campinas: Editora da UNICAMP, 1993.
VALLE, M. R. do. 1968 - O Diálogo é a Violência: movimento estudantil e ditadura militar no Brasil. Campinas: Editora da Unicamp, 1999.