LA CRÍTICA COMO EJERCICIO CONTRAIDEOLÓGICO
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Resumo
Entre los múltiples errores que atormentan a la crítica literaria latinoamericana, uno de los más contumaces es el de fascinarse con las teorías que se esparcen por la academia norteamericana y que ingresan subrepticiamente –a través de voceros desfachatados que las presentan como “novedad” y las insertan bajo la etiqueta feraz de “actualización”– a las universidades que al sur del río Bravo se avergüenzan de no producir algo tan amplio y expansivo. La razón de ese oprobio injustificado ante la presunta esterilidad local es que los latinoamericanos saben de sobra que no todos los subalternos son homologables ni todos los colonizados forman un continuum al que se pueden aplicar tales “iluminaciones” sin recaudos, sean estos ajustes radicales o rechazos enfáticos. Solamente una mentalidad colonizadora puede imaginar que existen modelos destinados a comprender grandes conjuntos sin otro esfuerzo que el de simplemente enunciarlos y encontrar, parafraseando al Rousseau del Discurso sobre el origen de la desigualdad entre los hombres, suficientes desprevenidos dispuestos a creerlo y a asentir.
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