O PUNITIVISMO ESTRUTURAL BRASILEIRO FRENTE ÀS MULHERES PRIVADAS DE LIBERDADE

  • Felipe Araujo Chersoni Faculdade Cidade Verde

Resumo

Fazendo um paralelo do encarceramento feminino com as questões estruturais brasileiras, este trabalho busca a compreensão de como a punição faz parte do desenvolvimento das políticas criminais ao longo dos tempos. Encontrando amparo em um patriarcado que espera que mulheres trilem um caminho mecanizado e dentro dos padrões, o punitivismo como pilar do Estado, procura dominar os corpos femininos de diversos modos, dentre eles o cárcere. Sendo assim, busca-se problematizar as questões sociais, a seletividade do sistema, bem como a própria estrutura física do cárcere. Todas as barreiras sociais que levam mulheres a enfrentarem um ambiente de controle masculinizado e historicamente reprodutor de desigualdades. Neste sentido, a estrutura neoliberal faz com que o estigma seja um impeditivo para com essas mulheres e o mercado de trabalho, antes e após o sistema carcerário, levando em consideração que muitas delas, são responsáveis exclusivamente pelo sustento do lar, visto que por conta do machismo são as únicas responsáveis pelo amparo econômico e afetivo de seus filhos. 

Biografia do Autor

Felipe Araujo Chersoni, Faculdade Cidade Verde
Advogado militante, graduado em Direito Pelo Centro Universitário de Maringá (UniCesumar), membro da comissão de Direitos Humanos, membro da comissão de Advocacia Criminalista e membro da comissão de Prerrogativas da OAB/Maringá. Pós-graduando em Direitos Humanos pela Faculdade Cidade Verde (UniFCV) e Pós-graduando em Direito Penal pelo Centro Educacional Leonardo Da Vinci (Uniasselvi). Entusiasta em temas envolvendo a População Carcerária, participa de projetos que militam em favor de Direitos Humanos.
Publicado
2021-08-13