Resumo
A produção moderna de traumas é, simultaneamente, social e institucional, intencional e inconsciente. As descriminações sociais são (re)produzidas usando e reforçando traumas antigos. A manutenção da produção sistemática de traumas na população reduz grande parte da humanidade à função de recursos humanos ao serviço da rede global de estados capitalistas.O direito criminal regula a contribuição do estado para a (re)produção de traumas, nomeadamente através de penas que reproduzem as discriminações sociais ao serviço dos estados modernos.
Biografia do Autor
António Pedro Dores, ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa
Professor de Sociologia desde 1984 no departamento de sociologia do ISCTE-IUL. Investigador do Observatório Europeu das Prisões. Membro do World Social Sciences & Humanities net.
