Festa, patrimônio vivo: reflexões sobre educação na feitura de tapetes do Corpus Christi

  • Frederico Luiz Moreira PPGAn/UFMG - Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - Pesquisador e Doutorando. http://orcid.org/0000-0001-7475-1673
  • Lana Mara de Castro Siman Professora Doutora UFMG

Resumo

Esse artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que buscou compreender processos educativos presentes na feitura dos tapetes de serragens da festa de Corpus Christi, em Sabará, Minas Gerais. Pautou-se na suposição de que os processos educativos se fazem presentes nas situações de relações intergeracionais ocorridas durante e no período anterior a referida festa. Além da observação participante de dois trechos ornamentados, foram realizados registros fotográficos, notas em diários de campo, numa perspectiva etnográfica, e entrevistas semiestruturadas com moradoras que ainda perpetuam essa tradição junto a jovens participantes do processo de feitura dos tapetes. Produziu-se, em diálogo com conhecimentos oriundos de abordagens socioantropológica, histórica, patrimonial e educativa da festa, análises sobre as interações e sociabilidade intergeracionais, estabelecidas entre os participantes durante a feitura dos adornos, e transmissão de saberes, fazeres, valores e sensibilidades, conferindo-lhes significação de um patrimônio cultural imaterial e reforçando valores identitários e ligações de pertencimento.

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Biografia do Autor

Frederico Luiz Moreira, PPGAn/UFMG - Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - Pesquisador e Doutorando.
Doutorando em Antropologia Social, pelo PPGAn/UFMG, na linha de pesquisa: Sistemas Simbólicos, Socialidades e Gênero. Mestre em Educação pelo PPGE/UEMG, linha de pesquisa: Culturas, Memórias e Linguagens em Processos Educativos. Especialista (lato sensu) em História da Arte e licenciado em História (Centro Universitário Claretiano - CEUCLAR). Arte Educador licenciado pela Escola Guignard (UEMG) e Artista Plástico bacharel nas poéticas visuais: Cerâmica e Xilogravura (Escola Guignard/UEMG). Atua como professor de arte e desenho em instituições públicas de ensino básico (SEE/MG), como pesquisador no campo do Patrimônio Cultural Imaterial e como artista visual. É integrante dos grupos de pesquisa NEPPAMCs - Núcleo de Estudos sobre Performance, Patrimônio e Mediações Culturais (ECI/UFMG) e Polis e Mnemosine: Cidade, Memória e Educação - FaE/UEMG. Atua, também, em projetos de extensão/pesquisa vinculados ao Museu do Ouro/Ibram (Sabará/MG) e a ECI/UFMG (Escola de Ciências da Informação - Museologia). Desenvolve pesquisas nas áreas da Memória e Patrimônio Cultural Imaterial, com ênfase em festas; socialidades; religiosidade popular; etnografia e fotografia.
Lana Mara de Castro Siman, Professora Doutora UFMG
Doutora em Educação (Didática da História), pela Université Laval, Québec, Canadá.  Professora da Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais, vinculada ao Departamento de Pesquisa em Educação e Psicologia da Educação e ao Programa de Pós – graduação em Educação da UEMG na linha de pesquisa: Culturas, Memórias e Linguagens em Processos Educativos. Desenvolve pesquisas nos campos da Educação Patrimonial; Cidade e Educação. Líder do Grupo de pesquisa Polis e Mnemosine: Cidade, memória e educação.
Publicado
2020-01-30