Danação da memória: Genocídio, totalitarismo, esquecimento e (ir)representação

Resumo

Este texto discute a representatividade/irrepresentatividade da memória a partir do Holocausto e é construído com base em Arendt (2009; 2020), La Capra (2009), White (2006). Partimos da discussão de Hannah Arendt sobre o totalitarismo, enfatizando como ela relaciona os temas da memória e do esquecimento com o fenômeno totalitário. O totalitarismo visa a produção do esquecimento, o apagamento da memória. A partir daí passa-se a uma apresentação da ideia da irrepresentabilidade do holocausto e ao contraponto que Hayden White e Dominck LaCapra oferecem a essa ideia. Por fim, através desses autores, o texto sugere que a irrepresentabilidade era um dos objetivos que  os agentes do totalitarismo buscavam e a história em quadrinhos Maus, de Art Spiegelman, aparece como a prova de que é possível falar sobre o indizível. Assim, não deixar a memória dos  genocídios se perder é lutar contra o próprio totalitarismo, que queria apagar desses eventos.

Biografia do Autor

Tamara Campos, Unigranrio

Professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Humanidades, Culturas e Artes da Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO). Doutora em Memória Social pela UNIRIO, Jovem Cientista Mulher pela FAPERJ. E-mail: tamara.campos@unigranrio.edu.br 

Ronaldo Oliveira de Castro, UERJ

Professor adjunto do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Doutor em Sociologia pelo IUPERJ. E-mail: rocastro.uerj@gmail.com  

Publicado
2025-07-30