Retomando identidades, refazendo memórias e futuros indígenas

  • Dayana Zdebsky de Cordova Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Katú Mirim

Resumo

Tendo como base o episódio Corpo-território, de Mulheres, cidades, territórios (3ª temporada do podcast Ningún Lunes Sin Pensar), este ensaio versa sobre ser uma pessoa indígena urbana no Brasil a partir da experiência da artista e ativista Katú Mirim. Com Katú e outras vozes evocadas ao longo deste ensaio, passamos pelo sequestro de pessoas indígenas; pelo esforço etnocida de apagamento de indigenidades pelo Estado brasileiro; pelo termo pardo enquanto uma tecnologia estatal epistemicida, e que, complexo e lenticular, tem sido evocado por diferentes pessoas para falar sobre experiências de multirracialidade; pelo enfrentamento ao racismo que aponta e faz desigual os corpos não-brancos. E, em especial, versaremos sobre experiências de retomada de identidades indígenas como processos de reconstrução de memórias a partir de fragmentos da história da migração forçada de pessoas indígenas – pistas e rastros que apontam para algum fracasso de políticas assimilacionistas e genocidas.

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Biografia do Autor

Dayana Zdebsky de Cordova, Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Pós-doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PPGTU/PUCPR). Doutora em antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de São Carlos (PPGAS/UFSCar).
Katú Mirim
Rapper, cantora, compositora, atriz e ativista da causa indígena. Katú Mirim é reconhecida por suas letras, que através do rap/rock (ou hip-rock como ela cunhou em 2021), reconta a história da colonização pela ótica indígena, através do rap ela fala das suas vivências, identidade, gênero e orientação sexual (mulher lésbica).
Publicado
2025-01-29