Atividade física e uso de equipamentos entre usuários de duas Academias ao Ar Livre

  • Bruno Costa
  • Cíntia Freitas Universidade Federal de Santa Catarina
  • Kelly Silva Universidade Federal de Santa Catarina
Palavras-chave: Atividade física, Exercício, Academias de ginástica, Saúde pública

Resumo

O objetivo do estudo foi comparar características sociodemográficas, percepção de uso dos equipamentos e prática de atividade física moderada a vigorosa (AFMV) entre frequentadores de duas Academias ao Ar Livre (AAL), em Florianópolis (SC), 2013. Entrevista estruturada foi realizada com 217 usuários (58,7% mulheres), com idade média de 50,2 (±0,9) anos, que estivessem utilizando as AAL durante o período de coleta. Utilizou-se o teste Qui-quadrado para comparar características sociodemográficas, percepção de uso dos equipamentos e AFMV (≥ 150 minutos/semana), entre as AAL. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os usuários das AAL quanto às variáveis sociodemográficas (p>0,05). Quanto ao uso dos equipamentos, 31,3% dos usuários não sabiam utilizar os aparelhos, 16% deles relataram sentir desconfortos durante o uso, 23% relataram ter recebido instrução durante a prática e 69% afirmaram necessitar de instrução para realizar exercício. Diferenças estatísticas não foram encontradas entre o uso de equipamentos e as AAL (p>0,05). Quando analisada a AFMV, percebeu-se que 73% dos usuários atingiram 150 minutos ou mais, sendo que 19% deles atingiram esse tempo utilizando apenas as AAL para praticar AFMV. A proporção de prática de AFMV total e nas AAL não diferiu entre os locais estudados (p=0,374 e p=0,495, respectivamente). Entretanto, usuários da AAL do Córrego Grande relataram maior frequência semanal de ida às AAL (p=0,036), quando comparados aos usuários de Coqueiros. Conclui-se que os frequentadores das duas AAL apresentam características sociodemográficas, de uso dos equipamentos e de prática de AFMV bastante semelhantes, exceto quanto à frequência de uso das academias.

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Biografia do Autor

Bruno Costa
Licenciado em Educação Física Pela Universidade Federal de Santa Catarina, membro do Núcleo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde e atualmente (2014) professor de educação física na Prefeitura Municipal de Florianópolis. Tenho interesse em pesquisas sobre os benefícios da atividade física na saúde nas diferentes populações e programas de incentinvo à prática de exercícios.
Cíntia Freitas, Universidade Federal de Santa Catarina
Possui Graduação em Educação Física pela Universidade Federal de Pelotas (1992), Especialização em Ciências e Medicina do Esporte pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1993), Mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2000) e Doutorado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2004), com período sanduíche na Universidade de Calgary (Calgary/Canadá). Pós doutorado na Universidade de Maryland em College Park/EUA (2009). É professora adjunta da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Educação Física, atuando principalmente em Ginástica, Cinesiologia e Biomecânica Muscular.
Kelly Silva, Universidade Federal de Santa Catarina
Graduada em Educação Física pela Universidade Federal da Paraíba. Especialista em Fisiologia do Exercício - UGF e em Avaliação e Prescrição do Exercício Físico - UFPB. Mestrado e Doutorado em Educação Física na área de Atividade Física Relacionada à Saúde / UFSC. Atualmente é Professora Adjunto 1 do Departamento de Educação Física da UFSC. Atua nos Programas de Pós-graduação em Educação Física e em Saúde Coletiva da UFSC. É Coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde (NuPAF / UFSC). Tem pesquisado tópicos relacionados à atividade física e saúde pública, comportamento sedentário em jovens, variáveis individuais e contextuais associadas à atividade física e aos comportamentos sedentários, e programas de promoção da atividade física.
Publicado
2016-01-01
Seção
Artigos Originais