O ESTATUTO DAS NOVELAS DE CAVALARIA LUSITANAS DO SÉCULO XVI EM HISTORIOGRAFIAS DA LITERATURA PORTUGUESA
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Resumo
Em Portugal, a novela de cavalaria perdurou para além da Idade Média, de modo que, em meados do século XVIII, ainda se tem notícia de escritos neste subgênero literário. No entanto, apesar disto, poucos estudos teóricos em Português trataram, até hoje, sobre este tema. Sendo assim, tendo em vista a sua longa permanência no país, buscou-se entender, neste estudo, a partir de uma análise comparativa entre quatro historiografias da literatura portuguesa – de Remédios (1930); Figueiredo (1960); Saraiva e Lopes (1956) e Moisés (2013) – que obtiveram circulação em universidades brasileiras e lusas, qual era o espaço reservado pelos historiadores da literatura para a novela de cavalaria no século XVI frente às demais manifestações literárias do período. De modo geral, como resultado da investigação empreendida neste trabalho, foi possível observar que, na maioria das vezes, Camões e sua epopeia ocupam, nos capítulos dedicados ao Renascimento lusíada uma centralidade absoluta. Tal fato acaba deixando os escritos de novelistas como João de Barros, Jorge Ferreira de Vasconcelos, Francisco de Moraes e Diogo Fernandes à margem. Por fim, pudemos concluir que as historiografias nacionais da literatura atendem às necessidades nacionalistas herdadas por elas do Romantismo e, sendo assim, não raramente historiadores literários comparam ou tentam interligar as novelas de cavalaria quinhentistas analisadas por eles ao épico camoniano, rebaixando-as, muitas vezes, à condição de inferiores e anacrônicas , uma vez que, a partir do século XIX, Os Lusíadas passaram a encerrar em si a identidade cultural do povo luso.
Palavras-chave: Historiografia literária; novelas de cavalaria do século XVI; literatura portuguesa.
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