CONSIDERAÇÕES SOBRE A AERODINÂMICA DAS VOGAIS NASAIS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO: A VARIEDADE FLORIANOPOLITANA

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Izabel Christine Seara
Fernando Santana Pacheco
Angelique Amelot

Resumo

Este artigo traz uma discussão acerca da aerodinâmica da nasalidade de vogais do português brasileiro (PB) falado em Florianópolis (capital do estado de Santa Catarina). Os dados analisados são referentes a produção de dois sujeitos, falantes nativos de Florianópolis. Os parâmetros examinados foram: os padrões da curva de fluxo aéreo nasal e do percentual de nasalidade, observados a partir de equipamentos de medidas aerodinâmicas (como o acelerador piezoelétrico e o microfone nasal). Os resultados mostraram que as vogais nasais apresentam (i) cinco padrões de curva de fluxo aéreo nasal e (ii) um percentual médio de nasalidade que vai de 17, 12%, para a vogal [i)] em contexto tônico, a 4,87%, para a vogal [)] também em contexto tônico. Os diferentes momentos que constituem as vogais nasais já observadas em outros estudos foram confirmados pelas curvas de fluxo aéreo nasal. Os sons vocálicos compostos apenas de momento oral mais murmúrio nasal também foram bastante frequentes. E o percentual de nasalidade é sistematicamente mais importante no final da vogal nasal (correspondendo ao murmúrio nasal), porém a relação desse percentual entre o início, o meio e o final do som vocálico nasal é mais importante do meio para o final no PB e do início para o meio no francês.Palavras-chave: Vogais nasais. Medidas aerodinâmicas. Percentual de nasalidade. Variedade florianopolitana.

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Como Citar
Seara, I. C., Pacheco, F. S., & Amelot, A. (2019). CONSIDERAÇÕES SOBRE A AERODINÂMICA DAS VOGAIS NASAIS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO: A VARIEDADE FLORIANOPOLITANA. Caderno De Letras, (33), 13-40. https://doi.org/10.15210/cdl.v0i33.13378
Seção
Dossiê
Biografia do Autor

Izabel Christine Seara, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutora em Linguística (2000) pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). É Professora Associada III da UFSC, atuando na Graduação em Letras - Português e no Programa de Pós Graduação em Linguística na área: Teoria e Análise Linguística (Linha de Pesquisa: A fala do ponto de vista perceptual-acústico-articulatório e os modelos fonológicos). Tem Pós-Doutorado pela Université Paris 3 - Sorbonne Nouvelle (Paris-França), realizado no Laboratoire de Phonétique et Phonologie. Seus temas de pesquisa são: entoação - prosódia e suas interfaces, detalhamento acústico de segmentos de fala, síntese e reconhecimento de fala e interfonologia francês/português brasileiro.

Fernando Santana Pacheco, Instituto Federal de Santa Catarina

Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Santa Catarina (1999), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Santa Catarina (2001) e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Santa Catarina (2007). Atualmente é professor do ensino básico, técnico e tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Processamento da fala, microcontroladores e interfaces homem-máquina. Foi coordenador do Curso Técnico em Eletrônica do IFSC Campus Florianópolis de março de 2011 a agosto de 2014.

Angelique Amelot, Université Sorbonne Nouvelle - Paris 3

Ingenieur de RechercheLaboratoire de Phonetique et Phonologie