Etno-História da Homossexualidade na América Latina
Resumo
“A homossexualidade deve ser um desafio e não um tabu para a Ciência”, dizia já em 1957 G.A.SILVER e não obstante tal sugestão, injustificado complô do silêncio continua a barrar da Academia os estudos sobre “o amor que não ousa dizer o nome ” (Oswald Wilde). Já em 1927, B. Malinowski, um dos pais da Antropologia moderna, chamava a atenção para a importância de se estudar temas da sexualidade humana tirando “ a folha da parreira que cobre o sexo” - não obstante, neste final do segundo milênio da nossa civilização, o estudo do amor e erotismo entre pessoas do mesmo gênero ou continua proibido, ou é , considerado tema de marginal e de menor importância no meio universitário. Se ponderarmos que os gays e lésbicas representam 6 a 10% da população dos países ocidentais, concluiremos que somente o preconceito e discriminação poderiam explicar o desprezo pelo conhecimento de tão significativo contingente demográfico. Em seu recente livro sobre as uniões entre homossexuais na Europa pré moderna, J. Boswell adverte-nos do quão ilógica e cruel tem sido nossa cultura, notadamente após o século XIV, ao eleger a homossexualidade como a maior e mais horroroso de todos os nossos tabus sexuais. O “pecado nefando isto é , aquele cujo nome não pode ser mencionado - e muito menos praticado! - foi considerado pela moral judaico - cristã como mais grave do que os mais hediondos crimes anti-sociais, como por exemplo, o matricídio, a violência sexual contra crianças, o canibalismo, o genocídio e até o deicídio - todos pecados - crimes mencionáveis, enquanto só o abominável pecado de sodomia foi rotulado e tratado como nefandum”.Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
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