FONTES ORAIS E PROCESSOS TRABALHISTAS: INDÍCIOS SOBRE UM ANTIGO OFÍCIO EM PELOTAS

  • Micaele Irene Scheer

Resumo

O estudo de ofícios em vias de extinção configura-se como uma problemática histórica que pode ajudar-nos a refletir sobre algumas alterações sociais e culturais em nossa sociedade. Entre esses mestres estão os sapateiros. Hoje, eles ainda podem ser vistos nas ruas do centro da cidade, contudo seu espaço laboral é módico, a maioria limita-se aos consertos. Presença modesta se comparada com a relevância destes em outros tempos, em que se configuravam de suma importância para atender às demandas da sociedade. Processos, narrativas e bibliografia traçam interessante diálogo em diferentes aspectos relacionados ao cotidiano das sapatarias, como: a relação entre os funcionários, os conflitos e descontentamentos, a diferenciação entre o mestre sapateiro e os auxiliares, a divisão das tarefas e suas remunerações, as relações familiares que permeavam o meio laboral, entre outros. Dessa forma, a proposta do artigo é demonstrar as potencialidades das fontes orais em diálogo com os processos da Justiça do Trabalho da Comarca de Pelotas, com enfoque nesses últimos, através do processo de Gilnei Fouchy contra a Fábrica de Calçados Elfa e trechos das narrativas de três sapateiros pelotenses, proprietários de sapatarias, mantendo-se no mercado de trabalho através dos consertos.
Publicado
2017-10-30
Como Citar
Scheer, M. I. (2017). FONTES ORAIS E PROCESSOS TRABALHISTAS: INDÍCIOS SOBRE UM ANTIGO OFÍCIO EM PELOTAS. História Em Revista, 19(19). https://doi.org/10.15210/hr.v19i19.12485
Seção
Artigos