A QUESTÃO DE LIMITES E OS USOS E "PERMANÊNCIAS" DOS MAPAS DO CONTESTADO NA CARTOGRAFIA PARANAENSE¹
Resumo
Seja pela aparente “naturalidade” de sua existência e uso, seja pelo descaso com que muitas vezes olhamos para um mapa, deixamos escapar as características de sua confecção e da dinâmica de sua utilidade. Em nada inocente, a produção cartográfica segue imbricada com determinações políticas e militares e mais do que “reproduzir” algo dado, determina olhares sobre uma área, abraçando um território sob pressupostos ideológicos. Ao nos debruçarmos sobre os mapas idealizados no Paraná no correr da longa Questão de Limites, percebemos o desenrolar das tensões geopolíticas existentes com Santa Catarina. Há ainda uma certa “permanência” do assunto na confecção de mapas posteriores ao Acordo bem como a constante “ressurgência”, como diria Georges Duby, dessa cartografia datada. É sobre a dinâmica de sua gênese e de seus usos que queremos desenvolver algumas reflexões, procurando demonstrar a importância desse material visual para o estudo das questões acerca do Contestado.Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
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