Figuração da história e da identidade nacional em A Estranha Nação de Rafael Mendes, de Moacyr Scliar

  • Luiz Felipe Voss Spinelli UFPel

Resumo

Este artigo analisa a interação entre história e literatura no romance A estranha nação de Rafael Mendes (1983), de Moacyr Scliar. A obra é examinada à luz da desconstrução e ressignificação da identidade nacional, tradicionalmente formulada pelos discursos oficiais da história e da literatura. A análise se apoia em conceitos teóricos como a metaficção historiográfica, proposta por Linda Hutcheon, e o estudo de Seymour Menton sobre o novo romance histórico latino-americano. Proponho que o romance de Scliar, ao articular ficção e História de modo crítico e irônico, indica uma reflexão sobre a formação identitária e a representação do passado.

Biografia do Autor

Luiz Felipe Voss Spinelli, UFPel

Doutor em Letras (2017) pela Universidade Federal do Rio Grande - FURG, com mestrado em Letras (2007) e graduação em Letras - Português (2005) na mesma instituição. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria Literária e História da Literatura, atuando principalmente nos seguintes temas: Anti-Herói, Distopia, Ficção Especulativa, Ficção Científica, Bildungsroman, Gótico e Literatura Contemporânea. Desde 2018 atua como professor de Língua Portuguesa e Literatura da Escola SESI de Ensino Médio Eraldo Giacobbe, em Pelotas-RS. Pós-doutorando em Letras pela Universidade Federal de Pelotas – UFPel.

Publicado
2025-07-30
Como Citar
Voss Spinelli, L. F. (2025). Figuração da história e da identidade nacional em A Estranha Nação de Rafael Mendes, de Moacyr Scliar. História Em Revista, 30(2), 62-75. https://doi.org/10.15210/hr.v30i2.29091