Ouça a rua, Marianne

Resumo

O artigo discute determinadas formas de governamento da juventude por meio de políticas de segurança pública, como respostas do Estado à generalização do sentimento de insegurança e medo na sociedade. Problematizo práticas estatais nas periferias urbanas, que se dirigem aos jovens que habitam a cidade de Grigny Centre, considerando-as como uma intensificação do governo das condutas. A abordagem teórico-metodológica situa-se na interface dos estudos culturais e da antropologia política. As ações do Estado francês operam criminalizando a juventude pobre, árabe e negra. Foi possível trazer à tona uma força vital, trata-se da capacidade dos/das jovens de elaborarem teorias sobre suas próprias condições e trajetórias. Com efeito, os/as jovens reconhecem a disjunção entre o que seria importante nas suas vidas e o que as ações de Estado lhes propõem ou oferecem.