Lindoia – a conquista de uma nova identidade visual urbana

  • Liziane de Oliveira Jorge Universidade Federal de Pelotas
  • Nirce Saffer Medvedovski Universidade Federal de Pelotas
  • Cynthia Marconsini Loureiro Santos Universidade Vila Velha
  • Emily Schiavinatto Nogueira Universidade Federal de Pelotas
  • Manoela Calderan de Carvalho Universidade Federal de Pelotas
Palavras-chave: Paisagem urbana. Imagem urbana. Personalização. Identidade. Habitação popular., extensão

Resumo

Este trabalho propõe o reconhecimento de códigos estéticos que caracterizam a identidade visual urbana de bairros populares que absorvem ao longo do tempo processos de transformação espontânea. A narrativa é apresentada através de errâncias no bairro Lindóia, em decorrência de ações do projeto de Extensão “Aprendendo com o usuário. Estratégias de transformação do espaço habitacional”, que propõe a troca de experiencias entre moradores e alunos acerca do tema. O bairro, constituído por 1788 habitações idênticas absorveu ao longo de três décadas um fenômeno de transformação vertiginoso das unidades residenciais a partir de iniciativas construtivas dos próprios moradores, por expansão construtiva e apropriação do espaço. A originalidade dessa paisagem urbana popular persiste na reconstrução de uma imagem citadina enriquecedora, conquistada por meios de instrumentos expressivos e comunicativos, através do emprego de elementos próprios da arquitetura popular: serralherias, coloração, adições construtivas, revestimentos e texturas, tipografia, e arte mural. Por fim, conclui-se que a imagem urbana ressignificada é oriunda de ações construtivas, de personalização e determinadas pelas opções do mercado da construção, que oferecem um leque de opções que acaba por reproduzir similaridades e padrões repetitivos, mas que, combinados, reforçam as diferenças entre si.

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Biografia do Autor

Liziane de Oliveira Jorge, Universidade Federal de Pelotas
Doutora em Arquitetura e Urbanismo (FAUUSP), Professora na Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.
Nirce Saffer Medvedovski, Universidade Federal de Pelotas
Doutora em Arquitetura e Urbanismo (FAUUSP), Professora na Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.
Cynthia Marconsini Loureiro Santos, Universidade Vila Velha
Doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Professora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Vila Velha (UVV)
Emily Schiavinatto Nogueira, Universidade Federal de Pelotas
Graduanda em Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal de Pelotas, bolsista do NAURB/UFPel – Núcleo de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo
Manoela Calderan de Carvalho, Universidade Federal de Pelotas
Graduanda em Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal de Pelotas, Colaboradora do NAURB/UFPel – Núcleo de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo

Referências

MEDVEDOVSKI, Nirce Saffer. A vida sem condomínio: configuração e serviços públicos urbanos em conjuntos habitacionais de interesse social. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Universidade de São Paulo. São Paulo, 1998.

MOCERI, Fernanda. Percepção cromática urbana: a cor para os arquitetos. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Universidade de São Paulo. São Paulo, 2016.

PALLASMAA, Juhani. A imagem corporificada: imaginação e imaginário na arquitetura. Porto Alegre: Bookmann, 2013.

______. Habitar. Barcelona: Gustavo Gili, 2017.

PELLI, Víctor Saul. Habitar, participar, pertencer: accender a la vivenda, incluirse en la sociedad. Buenos Aires: [s. n.], 2007.

RODRIGUES, Sérgio Fazenda. A casa dos sentidos: crónicas de arquitectura. Lisboa: Arqcoop, 2009.

Publicado
2018-08-31
Como Citar
JORGE, L. DE O.; MEDVEDOVSKI, N. S.; SANTOS, C. M. L.; NOGUEIRA, E. S.; CARVALHO, M. C. DE. Lindoia – a conquista de uma nova identidade visual urbana. Expressa Extensão, v. 23, n. 3, p. 223-233, 31 ago. 2018.
Seção
Memória Visual de Extensão