Acesso à cultura e preservação de lugares de memória na faculdade de direito do Recife

  • Humberto João Carneiro Filho Faculdade de Direito do Recife/Universidade Federal de Pernambuco. Recife, PE, Brasil. http://orcid.org/0000-0003-3810-9522
  • Ingrid Rique da Escóssia Pereira Centro de Ciências Jurídicas, Universidade Federal de Pernambuco. Recife, PE, Brasil.
  • Diogo Stanley Vasconcelos de Farias Faculdade de Direito do Recife, Universidade Federal de Pernambuco. Recife, PE, Brasil.
  • Inácio José Buonafina Callado Filho Faculdade de Direito do Recife. Universidade Federal de Pernambuco. Recife, PE, Brasil.
DOI: https://doi.org/10.15210/ee.v24i1.14293
Palavras-chave: Faculdade de Direito do Recife. Projeto Memória Acadêmica. Lugares de Memória. Cultura. Biblioteca.

Resumo

O presente artigo trata do Projeto Memória Acadêmica e de suas atividades para preservar a memória cultural da Faculdade de Direito do Recife, verdadeiro “lugar de memória” da sociedade pernambucana e brasileira como um todo, e promover o acesso a ela. Para tal, o projeto, através de seus extensionistas (estudantes dos cursos de Direito, História, Biblioteconomia e servidores da UFPE), realiza a digitalização de obras raras, principalmente as produzidas por professores da instituição no século XIX, disponibilizando-as em seu sítio eletrônico, e promove minicursos a respeito da história da Faculdade, além de visitas guiadas ao seu edifício histórico. Neste artigo são abordados traços da história da Faculdade de Direito do Recife no século XIX e da sua quase bicentenária Biblioteca; também se discute a importância de preservar os acervos arquivísticos e o papel da extensão universitária no acesso à cultura, enquanto promotora de ações de preservação e divulgação da memória acadêmica e cultural.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Humberto João Carneiro Filho, Faculdade de Direito do Recife/Universidade Federal de Pernambuco. Recife, PE, Brasil.
Doutor em Direito. Coordenador do Projeto Memória Acadêmica da Faculdade de Direito do Recife. Professor do Departamento de Teoria Geral do Direito e Direito Privado - Faculdade de Direito do Recife (Centro de Ciências Jurídicas, Universidade Federal de Pernambuco). Vice-Coordenador da Graduação em Direito da UFPE.
Ingrid Rique da Escóssia Pereira, Centro de Ciências Jurídicas, Universidade Federal de Pernambuco. Recife, PE, Brasil.
Bacharel em Arquivologia e Licenciada em História. Servidora técnico-administrativa - Faculdade de Direito do Recife (Centro de Ciências Jurídicas, Universidade Federal de Pernambuco). Vice-coordenadora do Projeto Memória Acadêmica da Faculdade de Direito do Recife.
Diogo Stanley Vasconcelos de Farias, Faculdade de Direito do Recife, Universidade Federal de Pernambuco. Recife, PE, Brasil.
Bacharelando em Direito pela Faculdade de Direito do Recife (Universidade Federal de Pernambuco). Bacharel em Comunicação Social pela UFPE. Extensionista vinculado ao Projeto Memória Acadêmica da Faculdade de Direito do Recife.
Inácio José Buonafina Callado Filho, Faculdade de Direito do Recife. Universidade Federal de Pernambuco. Recife, PE, Brasil.
Bacharelando em Direito pela Faculdade de Direito do Recife (Universidade Federal de Pernambuco). Extensionista vinculado ao Projeto Memória Acadêmica da Faculdade de Direito do Recife.

Referências

ALVES, José Carlos Moreira. Universidade, cultura e direito romano. Revista da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 87, p. 39-63, jan. 1992.

AMARANTO, Tarquínio Bráulio de Souza. Memória histórico-acadêmica do ano de 1868 lida perante a Congregação. Recife: [s. n.], 1869.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: maio de 2018.

BRASIL. Decreto de 7 de dezembro de 1830. Estabelece uma Bibliotheca Publica na cidade de Olinda, Provincia de Pernambuco. Collecção das Leis do Império do Brazil de 1830. (Primeira Parte). Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1876, p. 79-80.

BRASIL. Diario da Camara dos Deputados á Assemblea Geral Legislativa do Imperio do Brasil, n. 44, 1826. Disponível em http://memoria.bn.br/pdf/749419/per749419_1826_00044.pdf. Acesso em 22 jun. 2018.

BRASIL. Decreto nº 19.851, de 11 de abril de 1931. Dispõe que o ensino superior no Brasil obedecerá, de preferência, ao sistema universitário, podendo ainda ser ministrado em institutos isolados [...]. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-19851-11-abril-1931-505837-publicacaooriginal-1-pe.html. Acesso em: 12 abr. 2018.

BRASIL. Decreto nº 591, de 6 de julho de 1992. Atos Internacionais. Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Promulgação. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/d0591.htm. Acesso em: 12 abr. 2018.

BRASIL. Decreto nº 6.495, de 30 de junho de 2008. Institui o Programa de Extensão Universitária - PROEXT. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/decreto/d6495.htm. Acesso em 10 abr. 2018.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm#art92. Acesso em 19 abr. 2017.

CÂMARA, Phaelante da. Memória histórica da Faculdade do Recife, ano de 1903. Recife: Imprensa Industrial, 1904.

CARVALHO, José Murilo de. A construção da ordem: a elite política imperial. Rio de Janeiro: Campus, 1980.

FÓRUM DE PRÓ-REITORES DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICAS BRASILEIRAS, 31., 2012. Manaus. Carta de Manaus. Disponível em <https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/2012-06-28-31o-Encontro-Nacional-Manaus.pdf>. Acesso em 10 maio 2018.

FÓRUM DE PRÓ-REITORES DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR BRASILEIRAS. Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus: Imprensa Universitária, 2015.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.

LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Unicamp, 1990.

NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. In: Projeto História, São Paulo, PUC-SP, n. 10, 1993, p. 7-28.

POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. In: Estudos Históricos. Rio de Janeiro, vol. 2, n. 3, 1989, p. 3-15.

POLLAK, Michael. Memória e identidade social. In: Estudos Históricos. Rio de Janeiro, vol. 5. n. 10, 1992, p. 200-212.

REIS, Palhares Moreira. A Universidade no Brasil e em Pernambuco: antecedentes históricos. Revista Informação Legislativa. Brasília, ano 28, n. 11, jul./set. 1991, p. 375-392.

SANTANDER, Ugo Carlos (Org.). Memória e Direitos Humanos. Brasília: LGE, 2010.

SANTOS, Marcos Pereira dos. Contributos da extensão universitária brasileira à formação acadêmica docente e discente no século XXI: um debate necessário. Revista Conexão UEPG. Ponta Grossa, Brasil, vol. 6, núm. 1, 2010. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=514151724008. Acesso em 15 maio 2018.

SILVA, Armando B. Malheiro. Arquivística: teoria e prática de uma Ciência da Informação. Porto: Afrontamento, 1998.

UNESCO. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Brasília: Representação da Unesco no Brasil, 1998. Disponível em http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001394/139423por.pdf. Acesso em 10 maio 2018.

VEIGA, Gláucio. Histórias das idéias da Faculdade de Direito do Recife. v. 2. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 1981.

VEIGA, Gláucio. Origem da atual área da Faculdade de Direito do Recife. Recife: A Faculdade, 1998. (Série Cadernos da Faculdade; n° 1).

VENÂNCIO FILHO, Alberto. Das arcadas ao bacharelismo: 150 anos de ensino jurídico no Brasil. São Paulo: Editora Perspectiva, 2011.

Publicado
2018-12-21
Como Citar
CARNEIRO FILHO, H. J.; PEREIRA, I. R. DA E.; FARIAS, D. S. V. DE; CALLADO FILHO, I. J. B. Acesso à cultura e preservação de lugares de memória na faculdade de direito do Recife. Expressa Extensão, v. 24, n. 1, p. 06-24, 21 dez. 2018.
Edição
v. 24 n. 1 (2019): Expressa Extensão
Seção
Artigos

A revista se reserva o direito de efetuar nos originais alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As provas finais não serão enviadas aos autores. O Conselho Editorial não se responsabiliza por opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos publicados. Os trabalhos aceitos para publicação passam a ser de propriedade da Expressa Extensão, não podendo, o autor, reclamar, em qualquer época ou sob qualquer pretexto,remuneração ou indenização pela publicação. A reimpressão, total ou parcial, dos trabalhos publicados é sujeita à autorização expressa da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura. OBS. Cabe(m) ao(s) autor(es) as devidas autorizações de uso de imagens com direito autoral protegido (Lei nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998), que se realizará com o aceite no ato do preenchimento da ficha de inscrição via web.

Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

Licença Creative Commons