Crianças e plantas medicinais: o conhecimento por meio de atividades lúdicas

  • Patricia da Costa Zonetti Universidade Federal do Paraná, Setor Palotina.
  • Carina Kozera Bióloga graduada pela Universidade Federal do Paraná, possui mestrado em Botânica pela Universidade Estadual de Campinas e doutorado em Engenharia Florestal, na área de concentração Conservação da Natureza pela Universidade Federal do Paraná. Docente do Departamento de Biodiversidade do Setor Palotina da Universidade Federal do Paraná.
  • Roberta Paulert Universidade Federal do Paraná, Setor Palotina.
  • Suzana Stefanello Universidade Federal do Paraná, Setor Palotina.
  • Bettina Monika Ruppelt Universidade Federal Fluminense
Palavras-chave: Educação. Saúde. Dinâmicas. Receitas caseiras.

Resumo

As atividades de extensão do Programa Plantas Medicinais, da Universidade Federal do Paraná, em Palotina, PR, realizadas no Centro de Educação Integral de Palotina, ocorreram entre 2010 e 2018 e envolveram aproximadamente 850 crianças. Os objetivos das ações foram socializar informações científicas sobre plantas medicinais, como principais formas de cultivo, de usos, relação entre os nomes científicos e populares, finalidades terapêuticas, principais cuidados quanto ao uso e a toxicidade, e resgatar, por meio da tradição popular, o uso das plantas medicinais através de receitas culinárias caseiras. Para alcançar os objetivos, foram realizadas palestras, oficinas, dinâmicas com o uso de jogos didáticos, elaboração de cartazes, e a realização de gincanas para a fixação dos conteúdos de forma interativa. Além disto, foram preparadas algumas receitas caseiras com plantas medicinais, inclusive com algumas trazidas de casa pelas próprias crianças. Observou-se grande interesse e participação o que resultou em boa assimilação dos conteúdos, que foi observada por meio das respostas obtidas após questionamentos ou com o reconhecimento das espécies, das suas formas de uso e cuidados. Por meio de atividades diversificadas e lúdicas, o conhecimento científico tornou-se mais instigante. Desta forma, as ações extensionistas permitiram a construção e o compartilhamento do conhecimento entre todos os envolvidos, ou seja, entre a comunidade e a universidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Patricia da Costa Zonetti, Universidade Federal do Paraná, Setor Palotina.
Bióloga graduada pela Universidade Estadual de Maringá, possui mestrado em Agronomia - Sistemas de Produção pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e doutorado em Agronomia – Produção Vegetal pela Universidade Estadual de Maringá. Docente do Departamento de Ciências Agronômicas do Setor Palotina da Universidade Federal do Paraná.
Carina Kozera, Bióloga graduada pela Universidade Federal do Paraná, possui mestrado em Botânica pela Universidade Estadual de Campinas e doutorado em Engenharia Florestal, na área de concentração Conservação da Natureza pela Universidade Federal do Paraná. Docente do Departamento de Biodiversidade do Setor Palotina da Universidade Federal do Paraná.
Professora Doutora da Universidade Federal do Paraná, Setor Palotina. Departamento de Biodiversidade.
Roberta Paulert, Universidade Federal do Paraná, Setor Palotina.
Farmacêutica graduada pela Universidade Federal de Santa Catarina, possui mestrado em Biotecnologia pela Universidade Federal de Santa Catarina e doutorado em Bioquímica e Biotecnologia de Plantas pela Westfälische Wilhelms Universität Münster, na Alemanha. Docente do Departamento de Ciências Agronômicas do Setor Palotina da Universidade Federal do Paraná.
Suzana Stefanello, Universidade Federal do Paraná, Setor Palotina.
Bióloga graduada pela Universidade Federal de Santa Maria, possui mestrado em Recursos Genéticos Vegetais pela Universidade Federal de Santa Catarina e doutorado em Genética e Melhoramento pela Universidade Estadual de Maringá. Docente do Departamento de Biodiversidade do Setor Palotina da Universidade Federal do Paraná.
Bettina Monika Ruppelt, Universidade Federal Fluminense
Farmacêutica industrial graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, possui mestrado em Ciências Biológicas na área de Farmacologia e Terapêutica Experimental e doutorado em Química de Produtos Naturais, ambas as pós-graduações feitas na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Docente da Universidade Federal Fluminense.

Referências

ALVES, R.B.S. et al. Plantas ornamentais X Plantas tóxicas: prevenção de acidentes com crianças. Revista Ciências em extensão, São Paulo, v.12, n.3, p.79-87, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápico, 2009, 136p.

BRASIL. Formulário de fitoterápicos da farmacopeia brasileira. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Brasília: ANVISA, 2011. 126p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica. Política e Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. 190 p. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_programa_nacional_plantas_medicinais_fitoterapicos.pdf>. Acesso em: 13/09/2018.

DEL-MASSO, M. C. S. et al. Interdisciplinaridade em Extensão Universitária. Revista Ciência em Extensão, São Paulo, v.13, n.3, p.2-12, 2017.

GARCIA, L. E.; SILVA, A. L.; GAMARO, G. D. Quais plantas medicinais utilizamos em casa? Unindo saberes populares e científicos na sala de aula. Expressa Extensão, Pelotas, v.21, n.2, p.134-145, 2016.

HENRIQUES, R. O papel da extensão Universitária na agenda de inclusão educacional e social. Revista Brasileira de Extensão Universitária, Chapeco, v.2, n.2, p.13-30, 2004.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. de A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum. 2008, 544p.

MATOS, F.J.A. et al. Plantas tóxicas: estudo de fitotoxicologia química de plantas brasileiras. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2011. 247p.

PAULA, J.A. A extensão universitária: história, conceito e propostas. Interfaces – Revista de Extensão, Belo Horizonte, v.1, n.1, p.5-23, 2013.

PAULERT, R. et al. Utilização popular de plantas medicinais nos clubes de mães de Palotina – PR. Revista Ciência em Extensão, São Paulo, v.10, n.2, p.55-64, 2010.

RODRIGUES, V.E.G.; CARVALHO, D.A. Plantas medicinais nas florestas semideciduais. Lavras: UFLA, 2010. 128p.

RUPPELT, B.M. et al. Plantas medicinais utilizadas na região oeste do Paraná. Curitiba: Editora da UFPR, 2015. 126p.

STEFANELLO, S. et al. Levantamento do uso de plantas medicinais na Universidade Federal do Paraná, Palotina – PR, Brasil. Revista Extensão em Foco, Curitiba, n.15, p.15-27, 2018.

Publicado
2018-12-21
Como Citar
ZONETTI, P. DA C.; KOZERA, C.; PAULERT, R.; STEFANELLO, S.; RUPPELT, B. M. Crianças e plantas medicinais: o conhecimento por meio de atividades lúdicas. Expressa Extensão, v. 24, n. 1, p. 63-76, 21 dez. 2018.