“Radiogan”: ensino de radioatividade a partir de um jogo de tabuleiro

  • Jammyle Gonçalves Leite Universidade do Estado da Bahia
  • Bruna Francy Santos Andrade Universidade do Estado da Bahia
  • João Victor de Araújo Souza Universidade do Estado da Bahia
  • Grégory Alves Dionor Universidade do Estado da Bahia e Universidade Federal da Bahia.
  • Liziane Martins Universidade do Estado da Bahia e Universidade Federal do Sul da Bahia
Palavras-chave: Ensino de ciências. História e cultura afro-brasileira e indígena. Materiais didáticos.

Resumo

No ensino de ciências existe uma pertinente dificuldade no tocante a aplicabilidade dos temas, de forma transversal, relativos à História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, bem como é notório o desafio da renovação do modelo tradicional de ensino. Logo, a utilização de metodologias alternativas, tais como os jogos didáticos, apresentam-se como medidas indispensáveis para o fomento dos processos educacionais. Assim, o objetivo deste trabalho é colaborar com os processos de ensino e aprendizagem, no qual, com a utilização do jogo “Radiogan”, os alunos compreendam os principais aspectos que estão envoltos no conteúdo de radioatividade, refletindo sobre as questões socioeconômicas da cidade de Acra, capital de Gana. Além disso, de modo específico, pretendíamos: i) cooperar no reconhecimento, pelos indivíduos, da importância do descarte correto do lixo eletrônico; ii) auxiliar para disseminação no plano social, de ações de sensibilização a respeito da temática trabalhada; iii) contribuir com a formação de sujeitos críticos, que compreendam e sejam capazes de identificar os fatores sociais que influenciam a capital de Gana, Acra, onde está localizado o maior lixão eletrônico do mundo. Além de atingir, os resultados esperados, o jogo “Radiogan” contribuiu para aguçar os estudantes para o contexto que tange as questões históricas e culturais, como o sustento de indivíduos mediante a exploração de lixo eletrônico na África. Ademais, o material e a aplicação deste serviu, também, para consolidar em nós, futuros educadores, a ampliação de conhecimentos específicos juntamente com um olhar mais voltado para novas práticas didáticas.

Biografia do Autor

Jammyle Gonçalves Leite, Universidade do Estado da Bahia
Graduanda em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado da Bahia - DEDC-X. Bolsista CAPES de Iniciação Científica e monitora voluntária do Programa Residência Pedagógica.
Bruna Francy Santos Andrade, Universidade do Estado da Bahia
Graduanda em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado da Bahia - DEDC-X. Bolsista CAPES de Iniciação Científica.
João Victor de Araújo Souza, Universidade do Estado da Bahia
Graduando em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado da Bahia - DEDC-X. Bolsista CAPES do Programa Residência Pedagógica.
Grégory Alves Dionor, Universidade do Estado da Bahia e Universidade Federal da Bahia.
Professor do Colegiado de Ciências Biológiacas da Universidade do Estado da Bahia - DEDC-X e coordenador voluntário do Programa Residência Pedagógica e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência.Doutorando (bolsista CAPES) do Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e Históra das Ciências, pela Universidade Federal da Bahia e Universidade Estadual de Feira de Santana.
Liziane Martins, Universidade do Estado da Bahia e Universidade Federal do Sul da Bahia
Docente na Universidade do Estado da Bahia e na Universidade do Sul da Bahia. Doutorado em Ensino, Filosofia e História das Ciências, pela Universidade Federal da Bahia.

Referências

ALMEIDA, P. N. Educação lúdica: técnica e jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola, 2003.

BRASIL. Lei nº 10.639, de 9 de jan. de 2003. Inclusão no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Brasília, DF, 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso em: 20 out. 2018.

BRASIL. Lei nº 11.645, de 10 mar. de 2008. Inclusão no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Brasília, DF, 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm. Acesso em: 20 out. 2018.

CASTRO, B. J.; COSTA, P. C. F. Contribuições de um jogo didático para o processo de ensino e aprendizagem de Química no Ensino Fundamental segundo o contexto da Aprendizagem Significativa. Revista Electrónica de Investigação em Educação em Ciências (REIEC), v. 6, n. 2, p. 1-13, 2011.

DOMINGUES, P. J. Uma história não contada: negro, racismo e branqueamento em São Paulo na pós-abolição. São Paulo: SENAC, 2005.

FERDANDES, F. O desafio educacional. São Paulo: Cortez, 1989.

GADOTTI, M. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. Novo Hamburgo: Feevale, 2003.

GOWDAK, D. O.; MARTINS, E. L. Ciência novo pensar. 2. ed. São Paulo: FTD, 2015.

MARTÍNEZ, L. F. Questões sociocientíficas na prática docente: ideologia, autonomia e formação de professores. São Paulo: UNESP, 2012.

REGO, M. V. B. S. A teoria na prática é outra: estágio supervisionado nos cursos de formação de professores. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1992.

RIESS, M. L. R. Trabalho em grupo: instrumento mediador de socialização e aprendizagem. 2010. 33 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, São Leopoldo, 2010.

SANTOS, J. D. G. A lei 10.639/03 e a importância de sua implementação na educação básica. 2010. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1409-8.pdf>. Acesso em: 28 fev. 2019.

SANTOS, S. M. P. (org.). A ludicidade como ciência. Petrópolis: Vozes, 2001.

SILVA, V. P. et al. Baú de Ashanti e o uso de jogos educacionais para conscientização de questões étnico-raciais. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE FATORES HUMANOS EM SISTEMAS COMPUTACIONAIS, 16., 2017, Joinville. Atas [...]. Joinville, 2017.

SOARES, M. H. F. B. Jogos para o ensino de química: teoria, métodos e aplicações. Guarapari: EX Libris, 2008.

UNGER, N. M. Da foz à nascente: o recado do rio. São Paulo: Cortez; Campinas: Ed. da Unicamp, 2001.

Publicado
2019-08-30
Como Citar
LEITE, J. G.; ANDRADE, B. F. S.; SOUZA, J. V. DE A.; DIONOR, G. A.; MARTINS, L. “Radiogan”: ensino de radioatividade a partir de um jogo de tabuleiro. Expressa Extensão, v. 24, n. 3, p. 107-116, 30 ago. 2019.
Seção
Relatórios