Projeto de extensão como ferramenta para melhorar as condições de assistência à mulher durante o parto
Resumo
No Brasil, há uma alta taxa de morbimortalidade materno-infantil, com grande ocorrência na região da Baixada Santista, justificando a elaboração do Projeto de Extensão Faceparto, auxiliando a implantação do plano de parto no município de Santos para sua melhor utilização na rede pública. O objetivo deste artigo é relatar as primeiras experiências de extensionistas e gestantes que participaram do projeto. O Faceparto é multidisciplinar, com abordagem intersetorial, iniciado em novembro de 2018, envolvendo capacitação de estudantes de graduação, profissionais de saúde e agentes comunitários de saúde, seguida de abordagem de educação em saúde com as gestantes, através de visitas domiciliares. Até o presente momento, houve a participação de dezesseis estudantes, doze profissionais da rede e dez gestantes. Observou-se rico aprendizado de trocas de experiências interdisciplinar e intersetorial e as gestantes atendidas demonstraram grande esclarecimento sobre o plano de parto após a participação no projeto. Percebeu-se, também, que as gestantes se tornaram protagonistas, trazendo uma postura ativa em relação aos seus partos e seus desejos durante esse evento. Conclui-se que a atuação do Faceparto é de relevância fundamental, uma vez que a educação em saúde pode melhorar os resultados no parto. Propicia a aquisição de maior propriedade e consciência sobre o processo de parir e o respeito aos direitos da gestante, assegurados no plano de parto. Além disso, as ações extensionistas possibilitam a troca de conhecimentos com a população e com os profissionais de saúde da rede, importantes no processo de formação profissional.Referências
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