MAT PILATES PARA IDOSOS E A CULTURA DO MOVIMENTO

  • Adriana Schuler Cavalli UFPel
  • Alexandre Vohlbrecht de Souza Universidade Federal de Pelotas/RS
  • Fabiola Segu Copello Universidade Federal de Pelotas/RS
  • Millen Gabrielle Reis Universidade Federal de Pelotas/RS
  • Luca Schuler Cavalli Universidade Federal de Pelotas/RS.
  • José Antonio Ribeiro Universidade Federal de Pelotas/RS.
Palavras-chave: Atividade motora. Idoso. Pilates. Cultura. Aptidão física.

Resumo

O estudo teve delineamento quase-experimental com o intuito de verificar os efeitos da técnica do Mat Pilates, ou Pilates Solo, na manutenção ou melhora das capacidades físicas de idosos. Para tanto foi realizada uma intervenção de vinte sessões consecutivas, com frequência semanal de duas sessões de 60 minutos cada. O programa foi estabelecido com três aulas de adaptação ao método; mais dezessete sessões, seguindo uma progressão de treinamento.  Na avaliação dos testes de flexibilidade, força, equilíbrio, e força de preensão manual foi considerado um nível de significância de 5% para todas as análises. A amostra foi composta por dezessete idosas, com média de idade de 70,29±5,72 anos. As idosas que realizaram a intervenção de Mat Pilates em sua grande maioria mantiveram condições de alto nível para flexibilidade de membros superiores, equilíbrio dinâmico, força de membros inferiores e superiores e de força de preensão manual. O estudo conclui que a modalidade de Mat Pilates pode ser trabalhada com idosos, principalmente para aqueles que têm problemas de mobilidade e estabilidade corporal.

Biografia do Autor

Adriana Schuler Cavalli, UFPel
Doutora em Ciências da Saúde e Esporte, Chukyo University, Japão. Prof. Associada na Escola Superior de Educação Física, ESEF/UFPel/RS.
Alexandre Vohlbrecht de Souza, Universidade Federal de Pelotas/RS
Professor em Educação Física, ESEF/UFPel/RS.
Fabiola Segu Copello, Universidade Federal de Pelotas/RS
Acadêmica do Curso de Licenciatura em Educação Física.
Millen Gabrielle Reis, Universidade Federal de Pelotas/RS
Acadêmica do Curso de Bacharelado em Educação Física.
Luca Schuler Cavalli, Universidade Federal de Pelotas/RS.
Acadêmico do Curso de Bacharelado em Educação Física.
José Antonio Ribeiro, Universidade Federal de Pelotas/RS.
Mestre em Educação Física pela UFPel/RS. Doutorando em Educação Física pela ESEF/UFPel/RS.

Referências

BOOTH, Frank W.; ROBERTS, Christian K.; LAYE, Matthew J. Lack of exercise is a major cause of chronic diseases. Comprehensive Physiology, v. 2, n. 2, p. 1143-1211, 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Três em cada cem mortes no país podem ter influência do sedentarismo. Disponível em: https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45341-tres-em-cada-cem-mortes-no-pais-podem-ter-influencia-do-sedentarismo. Acesso em: 9 set 2019.

CAREK, Peter J.; LAIBSTAIN, Sarah E.; CAREK, Stephen M. Exercise for the treatment of depression and anxiety. The International Journal of Psychiatry in Medicine, v. 41, n. 1, p. 15-28, 2011.

CAMARGO, Morgana Braga et al. Efeito do Método Pilates na postura e no equilíbrio dinâmico de idosas. Fisioterapia Brasil, v. 17, n. 3, p. 236-243, 2016.

COIMBRA, Cíntia Maria Silva; COIMBRA, Maria das Graças Rocha. O método pilates e a flexibilidade em idosos: revisão de literatura: Pilates method and flexibility in elderly: literature review. Brazilian Journal of Development, v. 5, n. 10, p. 21958-21982, 2019.

DE ANDRADE PACHECO, Luana et al. Contribuições da prática de pilates na aptidão física e na força de preensão manual de idosos. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 23, n. 3, 2019.

DE FIGUEIREDO, K. M. O. B.; LIMA, Kênio Costa; GUERRA, Ricardo Oliveira. Instrumentos de avaliação do equilíbrio corporal em idosos. Rev. Bras. Cineantropom. Desempenho Hum, v. 9, n. 4, p. 408-413, 2007.

DE LIMA, Alisson Padilha et al. Fatores associados à atividade física em idosos de Estação, Rio Grande do Sul: estudo de base populacional. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 20, n. 6, p. 618-618, 2015.

DE MIRANDA, Larissa Brunet; DE MORAIS, Paula Daniely Costa. Efeitos do método pilates sobre a composição corporal e flexibilidade. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício (RBPFEX), v. 3, n. 13, p. 2, 2009.

DE OLIVEIRA, Daniel Vicentini et al. O tempo de prática e a prática de outro exercício físico influenciam na aptidão física de idosos praticantes do método Pilates?. Revista de Atenção à Saúde, v. 17, n. 62, 2020.

DI LORENZO, Christine E. Pilates: what is it? should it be used in rehabilitation? Sports Health, v. 3, n. 4, p. 352-361, 2011.

ENGERS, Patrícia Becker et al. The effects of the pilates method in the elderly: a systematic review. Revista Brasileira De Reumatologia (English Edition), v. 56, n. 4, p. 352-365, 2016.

FIGUEIREDO, Thaís Mota; DAMÁZIO, Laila Cristina Moreira. Intervenção do método pilates em idosos no Brasil: uma revisão sistemática. Revista de Atenção à Saúde, v. 16, n. 57, 2018.

GALLAGHER, S. P.; KRYZANOWSKA, R. O método de Pilates de Condicionamento Físico. São Paulo: The Pilates Studio do Brasil, 2000.

HALLAL, Pedro C. et al. Global physical activity levels: surveillance progress, pitfalls, and prospects. The Lancet, v. 380, n. 9838, p. 247-257, 2012.

HILL, Keith D. et al. Individualized home-based exercise programs for older people to reduce falls and improve physical performance: a systematic review and meta-analysis. Maturitas, v. 82, n. 1, p. 72-84, 2015.

JYLHÄ, Marja et al. Walking difficulty, walking speed, and age as predictors of self-rated health: the women's health and aging study. The Journals of Gerontology Series A: Biological Sciences and Medical Sciences, v. 56, n. 10, p. M609-M617, 2001.

LACOURT, Marcelle Xavier; MARINI, Lucas Lima. Decréscimo da função muscular decorrente do envelhecimento e a influência na qualidade de vida do idoso: uma revisão de literatura. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, v. 3, n. 1, 2006.

LEE, Yunhwan. The predictive value of self-assessed general, physical, and mental health on functional decline and mortality in older adults. Journal of Epidemiology & Community Health, v. 54, n. 2, p. 123-129, 2000.

MACIEL, Marcos Gonçalves. Atividade física e funcionalidade do idoso. Motriz: Revista de Educação Física, v. 16, n. 4, p. 1024-1032, 2010.

MATSUDO, Sandra Mahecha; MATSUDO, Victor Keihan Rodrigues; BARROS NETO, Turíbio Leite. Atividade física e envelhecimento: aspectos epidemiológicos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 7, n. 1, p. 2-13, 2001.

MATTIOLI, Rafaela Ávila et al. Associação entre força de preensão manual e atividade física em idosos hipertensos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 18, n. 4, p. 881-891, 2015.

MUSCOLINO, Joseph E.; CIPRIANI, Simona. Pilates and the “Powerhouse”. Journal of Bodywork and Movement Therapies, v. 8, n. 1, p. 15-24, 2004.

NAVEGA, Marcelo Tavella et al. Efeitos do método Pilates Solo no equilíbrio e na hipercifose torácica em idosas: ensaio clínico controlado randomizado. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 19, n. 3, p. 465-472, 2016.

NORMAN, Kristina et al. Hand grip strength: outcome predictor and marker of nutritional status. Clinical Nutrition, v. 30, n. 2, p. 135-142, 2011.

NOTARI, Maria Helena de Aguiar; FRAGOSO, Maria Helena J. M. A inserção do Brasil na política internacional de Direitos Humanos da pessoa idosa. Revista Direito GV, v. 7, n. 1, p. 259-276, 2011.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, OMS, 2002. Active ageing: a policy framework. Disponível em: https://www.who.int/ageing/publications/active_ageing/en/. Acesso em: 12 nov. 2019.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE, OPAS-OMS, 2005. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento_ativo.pdf. Acesso em: 12 nov. 2019.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Plano de ação global para a Atividade Física 2018-2030. OMS, 2018. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/272721/WHO-NMH-PND-18.5-por.pdf. Acesso em: 9 set. 2019.

REICHERT, Felipe F. et al. The role of perceived personal barriers to engagement in leisure-time physical activity. American Journal of Public Health, v. 97, n. 3, p. 515-519, 2007.

RIKLI, Roberta E.; JONES, C. Jessie. Development and validation of a functional fitness test for community-residing older adults. Journal of Aging and Physical Activity, v. 7, n. 2, p. 129-161, 1999.

RODRIGUES, Brena Guedes de Siqueira et al. Autonomia funcional de idosas praticantes de Pilates. Fisioterapia e Pesquisa, v. 17, n. 4, p. 300-305, 2010.

SAFONS, Marisete Peralta; PEREIRA, Márcio de Moura. Princípios metodológicos da atividade física para idosos. Brasília: CREF/DF: FEF/UnB:¨GEPAFI, 2007.

SCHMIT, Emanuelle Francine D. et al. Effects of 30 mat Pilates sessions on flexibility, lower limbs strength and quality of life in elderly women. RPCD, v. 16, n. 2, p. 30-48.

SIQUEIRA, Fernando V. et al. Atividade física em adultos e idosos residentes em áreas de abrangência de unidades básicas de saúde de municípios das regiões Sul e Nordeste do Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 24, p. 39-54, 2008.

SUN, Fei; NORMAN, Ian J.; WHILE, Alison E. Physical activity in older people: a systematic review. BMC Public Health, v. 13, n. 1, p. 449, 2013.

THOMAS, Jerry R.; NELSON, Jack K.; SILVERMAN, Stephen J. Métodos de pesquisa em atividade física. Artmed, 2009.

VEIGA, Aline Machado et al. Benefícios do método Pilates na terceira idade: Benefits of the Pilates method in the third age. Brazilian Journal of Health Review, v. 2, n. 4, p. 2657-2661, 2019.

WELLS, Cherie; KOLT, Gregory S.; BIALOCERKOWSKI, Andrea. Defining Pilates exercise: a systematic review. Complementary Therapies in Medicine, v. 20, n. 4, p. 253-262, 2012.

Publicado
2020-08-30
Como Citar
CAVALLI, A. S.; DE SOUZA, A. V.; COPELLO, F. S.; REIS, M. G.; CAVALLI, L. S.; RIBEIRO, J. A. MAT PILATES PARA IDOSOS E A CULTURA DO MOVIMENTO. Expressa Extensão, v. 25, n. 3, p. 367-379, 30 ago. 2020.