As mídias digitais na formação continuada de professores da educação especial

Palavras-chave: Recursos tecnológicos. Atividades didáticas. Ensino-aprendizagem., extensão

Resumo

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB) define que a educação especial deve preferencialmente, ser oferecida pela rede básica de ensino, através de professores com especialização adequada para realizar a integração dos educandos. Para auxiliar nesse desafio atualmente existem muitos recursos tecnológicos, que podem contribuir para o processo de aprendizagem, entretanto, alguns docentes apresentam dificuldade em utilizar esses recursos. Portanto, proporcionar o conhecimento de programas, aplicativos, domínio de navegação pela internet e suas ferramentas, favorece a incorporação desses recursos ao processo de ensino-aprendizagem. Perante o exposto, o objetivo do projeto foi proporcionar formação continuada aos professores de uma Escola de Educação Especial da cidade de Pelotas, para diminuir a prevalência de docentes não familiarizados com as tecnologias de informação e comunicação (TICs) e incentivar a sua utilização. O projeto ocorreu no ano de 2019 com participação de discentes e docentes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Para melhor compreensão, o conteúdo foi distribuído em três oficinas que foram realizadas uma vez por mês, totalizando três meses. As oficinas possibilitaram a atualização em recursos tecnológicos, para implementação no processo de ensino-aprendizagem e em contrapartida permitiram aos acadêmicos da universidade vivenciarem a realidade do sistema de ensino, com seus entraves, superações e troca de saberes que certamente causaram impacto em suas percepções. A criatividade de alguns professores em ultrapassar barreiras, para tornar o conteúdo compreensível, foi inspirador e mostrou o potencial que existe em nossas escolas, que poderiam se tornar um diferencial se melhores condições de trabalho fossem ofertadas.

Biografia do Autor

Rosangela Ferreira Rodrigues, Universidade Federal de Pelotas
Graduada em Ciências Biológicas/Bacharelado e Licenciatura (UFPEL/1999); Doutorado em Ciências (UFPEL/2004); Especialização em Ciências e suas Tecnologias (IFSUL/Pronecim/2014). Foi professora do quadro do Magistério Estadual no período de 2000 a 2012 nas séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio e atualmente trabalha no Departamento de Morfologia do Instituto de Biologia da UFPEL, como Professor Adjunto. Atua como professora nos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas, Farmácia, Odontologia, Nutrição e Zootecnia. Coordena projetos de extensão na área de Educação Especial e participa de projetos nas áreas de ensino e pesquisa, com participação em trabalhos publicados em eventos nacionais e internacionais. Tem experiência nas áreas de histofisiologia reprodutiva, histomorfometria e Educação. Participa de projetos relacionados à formação de professores e de comissões como conselheiro Ad Hoc da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Pelotas, membro de colegiados, avaliação de feiras e avaliação de premiações nacionais. Participa na produção de materiais didáticos relacionados à melhoria do processo de ensino aprendizagem, como manuais e desenvolvimento de software.
Lucas Schneider Lopes, Universidade Federal de Pelotas
Graduando do curso de Ciências Biológicas Licenciatura. Atualmente estagiário no Departamento de Morfologia da Universidade Federal de Pelotas
Francisco de Assis Araújo Camelo Júnior, Universidade Federal de Pelotas
Médico Veterinário graduado pela Universidade Federal de Pelotas (2017/2). Tem experiência em mercado de trabalho na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Clínica Médica e Cirúrgica de Animais de Companhia. Residente em Clínica Cirúrgica de Animais de Companhia no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal de Pelotas pelo Programa de Residência Multiprofissional em Área da Saúde- UFPel (2020-2022).
Anderson Ferreira Rodrigues, Universidade Federal de Pelotas
Especialista em EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA, Graduado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Técnico em Eletrônica e atualmente está cursando Engenharia Eletrônica pela UFPEL. Colaborador em Projetos da Universidade Federal de Pelotas. Entre as experiências profissionais é englobado as áreas de Automação Bancária, Automação Residencial, Automação Industrial, Automação Comercial, Instrumentação Industrial, Teleinformática, Eletrônica e Elétrica. Conhecimento avançado nas ramificações da Tecnologia da Informação, em várias linguagens de programação e desenvolvimento de projetos eletroeletrônicos. Tendo como principal linha de pesquisa o uso da tecnologia para Automação e para Educação. 
Anelise Levay Murari, Departamento de Morfologia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Maria
Doutora em Farmacologia, Mestre em Ciências Farmacêuticas, Graduada em Farmácia e Bioquímica/Análises Clínicas e Farmácia Industrial, Professora Adjunta do Departamento de Morfologia do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Maria
Bruno Kendi Makiyama, Universidade Federal de Pelotas
Acadêmico do curso de Graduação em Ciências Biológicas (Bacharelado) na Universidade Federal de Pelotas. 

Referências

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 2017.

Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em: 14 jul. 2020.

BRASIL. MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB n. 9394/96.Brasília, 20 dez. 1996.

BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, 2008.

Disponível em:http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em:15 jul. 2020.

BRASIL. Portaria Normativa nº 13, de 24 de abril de 2007. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=9935-portaria-13-24-abril-2007&Itemid=30192. Acesso em:15 jul. 2020.

CASTRO, S. R. DE. O estágio na formação de professores em ciências biológicas: desafio a ser. X Congresso Internacional sobre Investigación em Didáctica de las Ciencias, Sevilla, p. 3069–3074, 2017.

DA ROCHA, F. A.; BESSA, S. M.; SACRAMENTO, M. H. Docência e tecnologia: desafios do professor para se adequar a um mundo cada vez mais virtualizado. Revista Aprendizagem em EAD, v. 8, n. 1, 2019.

HARRES, J. B. S; PIZZATO, M. C; SEBASTIANY, A. P; CENCI, D; EIDELWEIN, G; DIEHL, I. F; MÖRS, M. As ideias dos alunos nas pesquisas de formação inicial de professores de ciências. Ciência & educação, v. 18, n. 1, p. 55-68, 2012.

HOÇA, L.; ROMANOWSKI, J. P. Práticas pedagógicas na formação continuada de alfabetizadores. In: Jacques de Lima Ferreira. (Org.). Formação de professores: teoria e prática pedagógica. 1ed. v. 1, p. 133-147. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

HUMMEL, E. I. Tecnologia Assistiva: a inclusão na prática. Curitiba, Paraná: Appris, 2015.

JUNIOR, J. B. B.; LISBÔA, E. S.; COUTINHO, C. P. Google educacional: utilizando ferramentas web 2.0 em sala de aula. Revista Paidéi@-Revista Científica de Educação a Distância. v. 3, nº 5, 2011.

MARTINS, A. L. C. F. A Formação Continuada do Professor nas TICs. Revista Psicologia & Saberes, v. 9, n. 16, p. 118-135, 2020.

MORAN, J. Como utilizar a Internet na educação. Ciência da Informação, v. 26, n. 2, p. 146-153, 1997.

PERALTA, H.; COSTA, F. A. Competência e confiança dos professores no uso das TIC. Síntese de um estudo internacional. Sísifo, v. 3, p. 77-86. 2016.

PEREIRA, R. F. A prática pluralista na formação inicial de professores de física. Revista Ensaio. v. 19, p. 1–25, 2017.

TARDIF, M. Saberes docente e formação profissional. 15. Ed. Petrópolis: Ed. Vozes, 2013.

VESTENA, R. F.; BOER, N.; SCHERER, N. M. B. Temas controversos em ciência, tecnologia e sociedade: formação e competência docente. Indagatio Didactica, v. 8, n. 1, p. 1581-1595, 2016.

WEST, M.; VOSLOO, S. Diretrizes de políticas para a aprendizagem móvel. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. 2013. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000227770. Acesso em: 04/12/2020

ZUQUELLO, A. G.; BALDO, A. Tecnologia e educação: b-learning, uma nova forma de ensinar. ForScience, v. 7, n. 2, 2019.

Publicado
2021-04-30
Como Citar
RODRIGUES, R. F.; LOPES, L. S.; CAMELO JÚNIOR, F. DE A. A.; RODRIGUES, A. F.; MURARI, A. L.; MAKIYAMA, B. K. As mídias digitais na formação continuada de professores da educação especial. Expressa Extensão, v. 26, n. 2, p. 108-116, 30 abr. 2021.