Ações afirmativas e a inclusão em eventos acadêmicos científicos

Palavras-chave: inclusão, Medicina, ações afirmativa, congresso, ginecologia e obstetrícia., extensão

Resumo

Introdução: O Brasil é um país de desigualdades, as quais acarretam, como consequência, na dificuldade relativa ao ingresso no ensino superior, sobretudo nas Universidades Federais. Como mecanismo destinado à atenuação desta prerrogativa foram criadas as ações afirmativas. A ação de extensão “I Congresso Online da LAGO-UFPel” corresponde a uma ação afirmativa em prol da inclusão, pois o preço módico praticado viabilizou, aos interessados, o acesso ao evento. Este estudo tem por objetivo descrever como as ações afirmativas podem facilitar a participação de discentes em eventos como congresso médico. Metodologia: Estudo descritivo explorador com abordagem quantitativa.  Foram aplicados 1020 questionários para participantes do “I Congresso Online da LAGO-UFPel” através do Google Forms, elencou dois focos: perfil e acessibilidade dos ouvintes. Resultado: Dos participantes da pesquisa, 34% nunca participaram de congresso por motivos financeiros, dos que já estiveram 34% tiveram dificuldade com custo para participarem. Se o evento fosse presencial, 65,2% não poderiam participar e, desses, 38% por motivos com custos de despesas. Ao serem indagados sobre valores, 65% não pagaria mais do que R$ 50,00 pelo evento e, destes, 51% pelo motivo de não terem condições financeiras para arcarem com o pagamento. Conclusão: É importante defender a política de ações afirmativas dentro das Universidades e na sociedade, pois muitas pessoas não são incluídas em espaços de ensino acadêmico por motivos financeiros.  Dados estatísticos sobre a falta de acesso às atividades extracurriculares por motivos financeiros são ainda escassos. A ampliação das oportunidades de acesso aos eventos científicos permitirá que mais discentes possam se atualizar e agregar conhecimento a sua respectiva educação.

Biografia do Autor

Celene Maria Longo da Silva, Professora Associada da Universidade Federal de Pelotas
Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Maria (1988), mestrado e doutorado em Epidemiologia pela Universidade Federal de Pelotas (2004 e 2009).Residência Médica em Obstetrícia e Ginecologia (UFPEL, 1990)Professora associada da Universidade Federal de Pelotas. Atuou como membro do Comitê de Ética em Pesquisa da FAMED, UFPEL (2009 a 2017).Supervisora do Programa de Residência Médica em Obstetrícia e Ginecologia (2010 a 2017).Coordenadora da Comissão de Residência Médica (COREME) (2011 a 2017).Coordenadora da Liga de Obstetrícia e Ginecologia (LAGO UFPEL) desde sua fundação em 2013.Líder do grupo de pesquisa em Ginecologia e Obstetrícia (UFPEL), na área de Medicina III, atuando principalmente nos seguintes temas: câncer de colo uterino, colposcopia, saúde da mulher, síndrome pré-menstrual e ensino médico.Médica ginecologista em Consultório Médico, com área de atuação em Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia (2013) e Endoscopia Ginecológica (2017).
Thales Moura de Assis, Universidade Federal de Pelotas
Acadêmico do 8º semestre do curso de medicina da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas.

Referências

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Publicado
2021-08-30
Como Citar
LONGO DA SILVA, C. M.; MOURA DE ASSIS, T. Ações afirmativas e a inclusão em eventos acadêmicos científicos. Expressa Extensão, v. 26, n. 3, p. 49-59, 30 ago. 2021.