Resgate e utilização de plantas alimentícias não convencionais
ASPECTOS SOCIAIS E NUTRICIONAIS
Resumo
Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) consiste em vegetais, ou partes de vegetais cujoconsumo não é comum para uma determinada região. Estas plantas comumente recebem adenominação de plantas daninhas, invasoras ou matos. O Brasil é rico em biodiversidade vegetal,mas apenas uma baixa porcentagem das plantas são consumidas na alimentação humana. Oobjetivo deste estudo é identificar as PANC que podem ser utilizadas na alimentação e orientara comunidade sobre modo de preparo e consumo. A metodologia consistiu em pesquisa exploratória para a identificação das PANC, através de conversas com pessoas idosas e aplicação deum questionário em um evento sobre PANC que ocorreu na UNESPAR no ano de 2022.As PANCidentificadas foram alvo de pesquisa bibliográfica que resultou em um catálogo sobre PANC.Osresultados demonstram que houve redução no consumo de plantas alimentícias não convencionais e que as plantas mais utilizadas foram ora-pro-nobis com 12,5% , serralha, com 5% , almeirãoroxo, peixinho da horta e taioba, ambas com 3,1% das respostas entre 33,8% das pessoas queafirmaram já ter consumido alguma PANC. Em contrapartida, 66,2% das pessoas, disseram nuncater consumido e não conhecer nenhuma PANC. Estes resultados mostram que é importante oresgate da utilização de PANC visando a diversidade alimentar.Referências
ALTIERI, M.; NICHOLLS, C.I. Agroecologia y resiliência al cambio climático: princípios y consideraciones metodológicas. Agroecologia, Lima - Peru, v.8, n.1, p. 7-20, 2013. 326p
ARAÚJO, S. S.; ARAÚJO, P. S.; GIUNCO, A.J.; SILVA, S.M.; ARGANDOÑA, E.J.S; Bromatologia, química alimentar e atividade antioxidante de Xanthosoma sagittifolium (L.) Schott. Emirates Journal of Food and Agriculture, v. 31, n. 3, p.188-195, 2019. Disponível em: https://doi:10.9755/ejfa.2019.v31.i3.1924.
AZEVEDO, T. D. Propriedades nutricionais, antioxidantes, antimicrobianas e toxicidade preliminar do peixinho da horta (Stachys byzantina K. Koch). 2018. 89 f. 2018. Tese de Doutorado. Dissertação (Mestrado em Alimentação e Nutrição)-Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná.
BRASIL. Lei nº 11.346, DE 15 DE SETEMBRO DE 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Disponívelem:https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11346.htm Acesso em 18 de Fev 2023.
CARVALHO, K. A.; MIGUEL, OVIDIO, P.V. Os benefícios da ora pro nóbis para a medicina popular no Brasil. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso Técnico em Biotecnologia) - Escola Técnica Estadual Professor Carmelino Corrêa Júnior, Franca, SP. 2021.
CASTRO, J. Fome, um Tema Proibido. Últimos Escritos deJosué de Castro. Rio de Janeiro: Vozes, 1984c. CHAUÍ, M. Conformismos e Resistência. São Paulo: Brasiliense, 1989.
DE JESUS, B.; SANTANA, K., OLIVEIRA, V.; Carvalho, M.; Almeida, W. A PANCs - Plantas alimentícias não convencionais, benefícios, potencial econômico e resgate da cultura: uma revisão sistemática. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer, Jandaia-GO, v. 17, n.33, 2020. Disponível em: https://www.conhecer.org.br/enciclop/2020C/pancs.pdf. Acesso em: 03 fev. 2023.
DE SOUSA TRINDADE, A.; DA SILVA, L. P.; SILVA, T. P. NOGUEIRA, L. A importância do conhecimento das PANC na educação do jovem na escola: uma alternativa para diminuição da fome na sociedade do desperdício: The importance of knowledge of PANC in educating young people at school: an alternative for reducing hunger in a wasteful society. Brazilian Journal of Development, v. 8, n. 11, p. 71130-71143, 2022.
DUTRA, L. S.; FERREIRA, A. P.; HORTA, M. A. P.; PALHARES, P. R. Uso de agrotóxicos e mortalidade por câncer em regiões de monoculturas. Saúde em Debate, v. 44, p. 1018-1035, 2021.
GARCIA, R. C.; LOUREDO, V. F.; MATTEDI, W. C.; GARCIA Jr, R. P. Ensaios biológicos do almeirão-roxo (Cichorium intybus) e barbatimão (Stryphnodendron barbatiman martius) em ratas com menopausa cirúrgica. Revista Eletrônica de Farmácia, v. 7, n. 1, p. 16-16, 2010.
KELEN, M. E. B.; NOUHUYS, I.S.; KEHL, L.C., BRACK, P.; SILVA D.B. Plantas alimentícias não convencionais (PANCs):hortaliças espontâneas e nativas. Porto Alegre: UFRGS, 2015.44 p.
KINUPP, V.F.; LORENZI, H. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2014. 768 p.
KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019. 102p.
GIANNONI, J. A.; DOS SANTOS, R. C.; DE ROSSI, P. H. S.; IMAMURA, K. B.; OTOBONI, A. M. M. B.; GUIGUER, E. L.; SHIGEMATSU, E.Reconhecimento e difusão sobre as plantas alimentícias não convencionais–PANC. Brazilian Journal of Animal and Environmental Research, v. 5, n. 1, p. 450-456, 2022.
LIMA, T. A. Caracterização de compostos nutricionais e antinutricionais em taiobas (Xanthosoma Schott). Dissertação de Mestrado. Universidade de Brasília, 2009.
LIBERATO, P. S.; LIMA, D. V. T.; SILVA, G. M. B. PANC - Plantas alimentícias não convencionais e seus benefícios nutricionais. Environmental Smoke, v.2, 2019.
MAGALHÃES, R. S. C. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC): estudo etnobotânico no contexto da Associação Regional de Produtores Agroecológicos da Região Sul-ARPASUL. 2019. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pelotas.
SILVA, L. F. L.; TECHIO, V.H.; RESENDE, L.V.; BRAZ, G.T.; RESENDE, K.F.M.D.; SAMARTINI, C.Q. Unconventional vegetables collected in Brazil: chromosome number and description of nuclear DNA content. Crop Breeding and Applied Biotechnology, v. 17, 2017.
TERRA, S. B.; FERREIRA, B. P. Conhecimento de plantas alimentícias não convencionais em assentamentos rurais. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v. 15, n. 2, p. 221-228, 2020.
ZIMMERMANN, C.L. Monocultura e transgenia: impactos ambientais e insegurança alimentar. Veredas do Direito: Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, v. 6, n. 12, 2009.
Copyright (c) 2023 Expressa Extensão
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
A revista se reserva o direito de efetuar nos originais alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As provas finais não serão enviadas aos autores. O Conselho Editorial não se responsabiliza por opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos publicados. Os trabalhos aceitos para publicação passam a ser de propriedade da Expressa Extensão, não podendo, o autor, reclamar, em qualquer época ou sob qualquer pretexto,remuneração ou indenização pela publicação. A reimpressão, total ou parcial, dos trabalhos publicados é sujeita à autorização expressa da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura. OBS. Cabe(m) ao(s) autor(es) as devidas autorizações de uso de imagens com direito autoral protegido (Lei nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998), que se realizará com o aceite no ato do preenchimento da ficha de inscrição via web.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
