Das teorias sobre impercepção botânica às experiências com um projeto de extensão

Palavras-chave: cegueira botânica, disparidade de consciência sobre as plantas, percepção limitada das plantas, redes sociais, estratégias remotas

Resumo

A impercepção botânica é um problema que afeta o ensino e aprendizado de botânica no Brasil. Para ajudar a mitigar esse fenômeno, o grupo de extensão "Vegetando" utilizou estratégias que combinam conhecimentos sobre inteligência e cognição em plantas com eletrofisiologia vegetal. Foram realizadas ações remotas e presenciais para estender o tema impercepção botânica para a comunidade entre 2020-2022. Observou-se maior interação no Instagram em comparação ao Facebook e as ações presenciais e remotas utilizaram jogos interativos e plantas acopladas a sensores para aproximar o público do conhecimento abordado. As interações foram muito positivas e demonstraram a capacidade de aprender com as adversidades e praticar formas alternativas de extensão.

Biografia do Autor

Gabriela Niemeyer Reissig, Universidade Federal de Pelotas. Pelotas-RS, Brasil.

Química de Alimentos (UFPel) Licenciada em Formação Pedagógica para graduados não licenciados (IFSul). Doutora em C&T de Alimentos (UFPel). Pós-doutoranda na Embrapa Clima Temperado e integrante do grupo de extensão Vegetando. E-mail: gabriela.niemeyer. reissig@gmail.com

 

 

Thiago Francisco de Carvalho Oliveira, Universidade Federal de Pelotas. Pelotas-RS, Brasil.

Cientista de Dados, Analista de Dados e Físico (IFM – UFPel).
Mestre e doutorando em Fisiologia Vegetal (UFPel). Especialista em Machine Learning, Deep Learning
e Análise de Dados Caóticos em Grande Escala. E-mail: fthicar@gmail.com 

Douglas Antônio Posso, Universidade Federal de Pelotas. Pelotas-RS, Brasil.

Engenheiro agrônomo (UFPel). Mestre e doutor em Fisiologia Vegetal
(UFPel). Pós-doutorando no Laboratório de Cognição e Eletrofisiologia Vegetal (UFPel) e integrante do
grupo de extensão Vegetando. E-mail: douglasposso@hotmail.com

Helena Chaves Tasca, Universidade Federal de Pelotas. Pelotas-RS, Brasil.

Licenciada em Ciências Biológicas (URI Erechim). Mestre em Ecologia (URIErechim). Doutoranda em Fisiologia Vegetal (UFPel) e integrante do grupo de extensão Vegetando. E-mail: hctasca@gmail.com

Leonardo Cardozo Vieira, Universidade Federal de Pelotas. Pelotas-RS, Brasil.

Licenciado em Ciências Biológicas, Letras e Pedagogia. Especialista em Psicanálise, Atendimento Educacional Especializado e Coordenação Pedagógica. Mestre em Ensino, Doutor em Educação em Ciências, coautor e orientador do trabalho. E-mail: bio.leo.mat@gmail.com

Gustavo Maia Souza, Universidade Federal de Pelotas. Pelotas-RS, Brasil.

Biólogo e Doutor em Biologia Vegetal (UNESP). Professor (UFPel) e coordenador do grupo de extensão Vegetando, vinculado ao Laboratório de Cognição e Eletrofisiologia Vegetal (LACEV). E-mail: gumaia.gms@gmail.com

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Publicado
2025-09-11
Como Citar
NIEMEYER REISSIG, G.; DE CARVALHO OLIVEIRA, T. F.; POSSO, D. A.; CHAVES TASCA, H.; CARDOZO VIEIRA, L.; MAIA SOUZA, G. Das teorias sobre impercepção botânica às experiências com um projeto de extensão. Expressa Extensão, v. 30, n. 2, p. e300202, 11 set. 2025.