A cartilha e a dobradura de papel como instrumentos de educação patrimonial

  • Jauri dos Santos Sá Universidade do Vale do Taquari – Univates, Lajeado, RS, Brasil.
  • Jamile Maria da Silva Weizenmann Universidade do Vale do Taquari – Univates, Lajeado, RS, Brasil.
  • Bruna Karolina Schuster Becker Universidade do Vale do Taquari – Univates, Lajeado, RS, Brasil.
  • Uelinton Medeiros Lazzari Universidade do Vale do Taquari – Univates, Lajeado, RS, Brasil.
Palavras-chave: educação patrimonial, cartilha, dobradura de papel, extensão

Resumo

O projeto de extensão Patrimônio Vivo da Universidade do Vale do Taquari (UNIVATES) tem o objetivo de transformar a postura social frente ao patrimônio cultural na região do Vale do Taquari/RS. Desde o ano de 2018, foram realizadas ações extensionistas presenciais nos municípios de Santa Clara do Sul, Forquetinha, Cruzeiro do Sul e Bom Retiro do Sul. Contudo, devido à pandemia de COVID 19, essa forma de atuação nas comunidades foi interrompida. Para dar continuidade às atividades, o projeto inovou ao elaborar instrumentos de educação patrimonial destinados a alunos do 4º e 5º ano do ensino fundamental das redes públicas municipais. Este trabalho tem como objetivo relatar o processo criativo de construção de dois instrumentos de educação patrimonial: a cartilha Recolorindo Memórias (volume 1 e 2) e as Dobraduras de Papel, os quais propõem um olhar lúdico sobre edificações remanescentes do período de colonizaçãoda região. Para a produção das cartilhas e das dobraduras, buscou-se selecionar construções reconhecidas pelas comunidades, as quais foram identificadas nas rodas de conversas realizadas nas ações extensionistas presenciais. As dobraduras foram elaboradas a partir do redesenho de edificações selecionadas e as cartilhas a partir de croquis, ambos desenvolvidos por voluntários do projeto de extensão. A utilização dos produtos como instrumento pedagógico é inovadora em todos os seus múltiplos aspectos, sentidos e significados, pois a experiência e o contato direto com as evidências e manifestações da cultura tem potencialidade para levar as crianças a um processo ativo de conhecimento, apropriação e valorização de sua herança cultural.

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Biografia do Autor

Jauri dos Santos Sá, Universidade do Vale do Taquari – Univates, Lajeado, RS, Brasil.
Arquiteto, Doutor em Arquitetura pela Universidade Politécnica da Catalunha (UPC/Etsab). Professor do curso de Arquitetura e Urbanismo e coordenador do Projeto de Extensão Patrimônio Vivo, da Universidade do Vale do Taquari – Univates. E-mail: jauri.sa@univates.br
Jamile Maria da Silva Weizenmann, Universidade do Vale do Taquari – Univates, Lajeado, RS, Brasil.
Arquiteta, Doutora em Teoria e História da Arquitetura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Professora do curso de Arquitetura e Urbanismo e colaboradora no Projeto de Extensão Patrimônio Vivo, da Universidade do Vale do Taquari – Univates. E-mail: jamilew@univates.br
Bruna Karolina Schuster Becker, Universidade do Vale do Taquari – Univates, Lajeado, RS, Brasil.
Graduanda do curso de Arquitetura e Urbanismo pela Universidade do Vale do Taquari – Univates. Bolsista do projeto de extensão Patrimônio Vivo da Univates. E-mail: bruna.becker2@univates.br
Uelinton Medeiros Lazzari, Universidade do Vale do Taquari – Univates, Lajeado, RS, Brasil.
Graduando do curso de Arquitetura e Urbanismo pela Universidade do Vale do Taquari – Univates. Voluntário do projeto de extensão Patrimônio Vivo da Univates. E-mail: uelinton.lazzari@univates.br

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Publicado
2022-12-30
Como Citar
SÁ, J. DOS S.; WEIZENMANN, J. M. DA S.; BECKER, B. K. S.; LAZZARI, U. M. A cartilha e a dobradura de papel como instrumentos de educação patrimonial. Expressa Extensão, v. 28, n. 1, p. 5-12, 30 dez. 2022.