Potencialidades turísticas e de divulgação científica da paleontologia e zooarqueologia: novas formas de divulgação de nossa pré-história e cultura locais

  • José Eduardo Figueiredo Dornelles Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Palavras-chave: Zooarqueologia e paleontologia de vertebrados, História local de Pelotas, Charqueadas, Museologia

Resumo

Os municípios da região sul do Estado trazem tradicionalmente, uma riquíssima bagagem histórica face suas estratégicas participações no palco de eventos que vieram a constituir a atual “forma geopolítica” do Rio Grande do Sul. Neste contexto, parece bem claro ter ficado arraigado na cultura de nossas gerações, o hábito de valorizar nosso passado, como forma de firmar as nossas atuais tradições. O gaúcho é nacionalmente reconhecido como um povo aguerrido, marcado por um passado de lutas e um presente de forte manutenção de suas tradições. Dentro deste pensamento, faz-se necessário viabilizar para a população de Pelotas e região, novas formas de entender a nossa história e pré-história regional e do Estado. A zooarqueologia e a paleontologia tornam-se neste sentido, fortes linhas temáticas, que podem dar aos nossos espaços culturais locais, uma nova forma de entender a evolução de nossas comunidades. Do ponto de vista da Zooarqueologia, a região de Pelotas, possui um excelente material. Até o momento, trabalhos preliminares de triagem do conteúdo zooarqueológico dos casarões da região central de Pelotas, vem constituindo um marco inédito, onde inicia-se uma série de interpretações relativas ao conhecimento da fauna urbana da época das charqueadas. A partir de estudos mais criteriosos, será possível entender como era a convivência da sociedade da época com a fauna urbana e silvestre, no sentido de domesticação, cultura alimentar dentre outros. Do ponto de vista da Paleontologia Pelotas, dada a natureza de sua história geológica, infelizmente não possui importantes afloramentos paleontológicos, por outro lado, possui museus, responsáveis pela curadoria de importantes acervos nesta área. Neste sentido, é possível unir o rico acervo de informações referentes a zooarqueologia e a paleontologia e através dos museus e demais espaços culturais, divulgá-las cientificamente à sociedade local e internacional, como forma de obtenção e enriquecimento de diferenciadas fontes de “cultura turística”.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Eduardo Figueiredo Dornelles, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Professor Adjunto III; Instituto de Biologia; Depto. de Zoologia e Genética da UFPel; Doutor em Geociências UFRGS

Referências

DAVIS, Simon, J. M. The Archaeology of Animals. 1st edition. London: Yale University Press, 1987. pp. 224.

DORNELLES, José Eduardo F. et alii. Guia da Biodiversidade do Museu de Ciências Carlos Ritter. 1a edição. Pelotas: Editora e Gráfica Universitária, 2004. pp. 126.

HOLZ, Michael. Do mar ao deserto. 1a edição. Porto Alegre: Editora da Universidade, 1999. pp. 142.

HOLZ, Michael. Paleontologia do Rio Grande do Sul. 1a edição. Porto Alegre: Editora da Universidade, 2000. pp. 445.

HOLZ, Michael & SIMÔES, Marcello G. Elementos Fundamentais de Tafonomia. 1a edição. Porto Alegre: Editora da Universidade, 2002. pp. 231.

NOBRE, Chimene. K. Projeto de Salvamento Arqueológico da Zona Urbana de Pelotas/RS: catálogo do material arqueofaunístico do sítio Casa 8. Cadernos do LEPAARQ, vol. 1. Pelotas: Editora e Gráfica Universitária, 2004. pp. 59-80.

RIOS, Eliézer. Sea Shells of Brazil. 2a edição, Rio Grande: Editora da Fundação Universidade Federal de Rio Grande, 1992. pp. 368.

Publicado
2012-09-18
Como Citar
Dornelles, J. E. F. (2012). Potencialidades turísticas e de divulgação científica da paleontologia e zooarqueologia: novas formas de divulgação de nossa pré-história e cultura locais. Cadernos Do LEPAARQ (UFPEL), 2(3), 79-86. https://doi.org/10.15210/lepaarq.v2i3.1039
Seção
Artigos