“Política da consideração” e o significado das coisas: A persistência de comunidades de práticas agroflorestais em São Paulo
Resumo
Resumo: As comunidades agroflorestais sempre formaram os lugares mais numerosos no Brasil, até o presente. As suas relações sociais foram pautadas pela “política da consideração” e economia de colaboração, diferentemente do sistema patriarcal e mercantil europeu. As mulheres tinham proeminência nas comunidades e práticas autossustentadas, segurança alimentar, produção de materialidade e transmissão de conhecimentos. Em São Paulo, a partir de 1502 houve um contexto específico de colonialismo, onde as comunidades Tupiniquim transformaram as relações com parte dos portugueses em relações de aliança, parentesco e consideração, amansando-os e criando materialidades, a exemplo da Cerâmica Paulista. Os portugueses não dominaram as comunidades Tupiniquim, mas uma parte deles ingressou nas suas comunidades de práticas, formando posteriormente o “autonomismo paulista”. Nesse contexto, coexistiram práticas colaborativas e de mercado, incorporando pessoas, coisas e conhecimentos de diversos lugares, como um modo de vida diferente daquele desenvolvido nos núcleos urbanos e nas plantations. É preciso compreender que as comunidades tiveram diferentes processos históricos que permitiram as suas persistências até o presente. Há o caso das mulheres que continuam produzindo a Cerâmica Paulista, mas não se consideram indígenas; enquanto outras comunidades, como os Tupi Guarani de Piaçaguera (São Paulo), reivindicam abertamente a identidade “misturada” entre Tupi e Guarani e manifestam o interesse em retomar a produção cerâmica que deixaram de fazer no passado. É um exemplo que exige a reavaliação do apagamento acadêmico dos povos indígenas na historiografia, arqueologia e antropologia em São Paulo, pois essas pessoas estão presentes independentemente das narrativas que pessoas de fora têm produzido a seu respeito. Abstract: In the territory currently known as Brazil there have always been more agroforestry communities than cities, even today. Their social relations were guided by the "politics of regard" and collaborative economy, unlike the European patriarchal and mercantile system. Women were prominent in their communities and in the self-sustaining practices, food security, materiality production, and knowledge transmission. In São Paulo, after 1502 there was a specific context of colonialism, where the Tupiniquim communities transformed their relations with part of the Portuguese into relations of alliance, kinship and consideration, "taming" them and creating materialities, as for example the Paulistaware. The Portuguese people didn't subjugate the Tupiniquim communities, but part of them integrated into their communities of practices, forming afterwards "Paulista autonomism". In that context, both collaborative and market practices co-existed, embodying people, things, and knowledge from different places, as a different way of life than the one carried out in the urban centers and plantations. It is necessary do understand that these communities experienced distinct historical processes which allowed them to persist until today. There is a situation in which part of the women keep producing Paulistaware, but do not consider themselves Indigenous; while other communities, such as the Tupi Guarani of Piaçaguera (São Paulo), claim their " mixed" identity between Tupi and Guarani and manifest interest in recovering the pottery production they no longer produce anymore. It is an example that demands the re-evaluation of the academic erasure of indigenous people in historiography, archeology, and anthropology of São Paulo, as these people are present regardless of the narratives that outsiders have produced about them.Referências
ADAMS, Cristina. As roças e o manejo da mata atlântica pelos caiçaras: uma revisão. Interciencia, v. 25, n. 3, p. 143-150, 2000.
ALENCASTRO, Luíz Felipe. O Trato dos viventes. Formação do Brasil no Atlântico Sul. Séculos XVI e XVII. São Paulo: Cia das Letras, 1992.
ALMEIDA, Lígia R. Os Tupi Guarani de Barão de Antonina-SP: migração, território e identidade. (Dissertação de Mestrado em Antropologia Social), São Carlos: UFSCar, 2011.
ANCHIETA, José. Carta ao P. Inácio de Loyola, Roma. São Paulo de Piratininga, [1 de setembro de] 1554. Monumenta Brasiliae, v. 2, p. 83–118, 1957.
APYKÁ, Luan; PACHECO, Dhevan. Djaroypy Djiwy Nhanémoã Nhanderekó Tupi Guaraní. Resgatando a medicina tradicional Tupi Guarani. São Paulo: Comissão Pró-Índio, 2014.
ARAÚJO FILHO, José R. O caiçara na região de Itanhaém. Boletim Paulista de Geografia, v. 2, p. 7-18, 1949.
BALDUS, Herbert. Ligeiras notas sobre os indios Guaranys do litoral paulista. Revista do Museu Paulista, v. 16, p. 83-95, 1929.
BANIWA, Gersem. Antropologia Indígena: O caminho da descolonização e da autonomia indígena. In Anais da 26a Reunião Brasileira de Antropologia. Porto Seguro: ABA, 2008.
BATTLE-BAPTISTE, Whitney. Black Feminist Archaeology. Walnut Creek: Left Coast Press, 2011.
BERTAPELI, Vladimir. As metamorfoses do nome: história, política e recombinações identitárias entre os Tupi Guarani. (Dissertação de Mestrado). Araraquara: UNESP (Campus de Araraquara), 2015.
BERTAPELI, Vladimir. De fragmentos ditos a escritos: uma história sobre territorialidade e territorialização dos antigos e atuais Tupi, Guarani e Tupi Guarani. (Tese de doutorado em Antropologia Social). Araraquara: UNESP (Campus de Araraquara) 2020.
BLUTEAU, Raphael. Vocabulario Portuguez & Latino: aulico, anatomico, architectonico... vol. 1. Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesus, 1712.
BLUTEAU, Raphael. Vocabulario Portuguez & Latino: aulico, anatomico, architectonico... vol. 4. Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesus, 1713.
BLUTEAU, Raphael. Vocabulario Portuguez & Latino: aulico, anatomico, architectonico... vol. 5. Lisboa: Officina de Pascoal da Sylva, 1716.
BRAGDON, Kathleen. The Pragmatics of Language Learning: Graphic Pluralism on Martha’s Vineyard, 1660–1720. Ethnohistory v. 57, n. 1, p. 35–50, 2010.
BROCHADO, José P. An Ecological Model of the Spread of Pottery and Agriculture into Eastern South America. (Tese de Doutorado) University of Illinois at Urbana-Champaign: Urbana-Champaign, 1984.
BUGALHÃO, Jacinta; Inês Coelho. Cerâmica moderna de Lisboa: Proposta tipológica. In: I Encontro de Arqueologia de Lisboa: Uma Cidade Em Escavação. Lisboa: Imprensa Municipal/Câmara Municipal, p. 106–146, 2017.
CANDIDO, Antônio. Os parceiros do rio Bonito. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2010.
CARDIM, Fernão. Tratado da terra e gente do Brasil. São Paulo: Cia Editora Nacional, 1937.
CASIMIRO, Tânia; Sarah Newstead. 400 Years of Water Consumption: Early Modern Pottery Cups from Portugal. Ophiussa v. 3, p. 145–154, 2019.
CASTRO, Eduardo Viveiros de. Exchanging Perspectives: The Transformation of Objects into Subjects in Amerindian Ontologies. Common Knowledge, v. 10, n. 3, p. 463–484, 2004.
CASTRO, Eduardo Viveiros de. The Problem of Affinity in Amazonia. Journal of Ethnographic Theory, v. 8, p. 349–393, 2018.
CONKEY, Margaret. Has Feminism Changed Archaeology? Journal of Women in Culture and Society, v. 28, n. 3, p. 867–880, 2003.
CORRÊA, Ângelo. Pindorama de Mboîa e Îakaré. (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo: São Paulo, 2014.
CUNHA, Manuela Carneiro; Eduardo Viveiros de Castro. Vingança e temporalidade: Os Tupinambá. Journal de la Société des Américanistes, v, 71, n. 1, p. 191–208, 1985.
DANAGA, Amanda. Os Tupi, os Mbya e os Outros: um estudo etnográfico da aldeia Renascer – Ywyty Guaçu. (Dissertação de Mestrado), São Carlos: UFSCar, 2012.
DESPRET, Vinciane. From Secret Agents to Interagency. History and Theory, v. 52, n. 4, p. 29–44, 2013.
DÓRIA, Carlos; Marcelo Corrêa Bastos. A culinária Caipira da Paulistânia. São Paulo: Três Estrelas, 2019.
ENNES, Ernesto. As Guerras nos Palmares: Subsídios para sua história. Domingos Jorge Velho e a “Tróia Negra” 1687–1700. São Paulo: Cia Editora Nacional, 1938.
FAUSTO, Carlos. Fragmentos de história e cultura Tupinambá. In: CUNHA, Manuela C. História dos Índios no Brasil, São Paulo: Cia das Letras/SMC/Fapesp, p. 381-396, 1992.
FERNANDES, Florestan. A Organização social dos Tupinambá. São Paulo: Difel, 1963.
FERNANDES, Florestan. Estudos de etnologia e outros ensaios. Petrópolis: Vozes, 1975.
FERNANDES, Isabel. A loiça preta em Portugal: Estudo histórico, modos de fazer e de usar. (Tese de Doutorado), Bragança: Universidade do Minho, 2012.
FERNANDES, João. De cunhã a mameluca: A mulher Tupinambá e o nascimento do Brasil. João Pessoa: Editora da EDUFPB, 2016.
FERRARO, Alceu. Alfabetização rural no Brasil na perspectiva das relações campo-cidade e de gênero. Educação & Realidade, v. 37, n. 3, p. 946–967, 2012.
FERRIS, Neal. The Archaeology of Native-Lived Colonialism. Tucson: University of Arizona Press, 2009.
GOLDMAN, Márcio. Contradiscursos afroindígenas sobre mistura, sincretismo e mestiçagem. Revista de Antropologia da UFScar, v. 9, n. 2, p. 11–20, 2017.
HAMILAKIS, Yannis. Archaeology and the Senses: Human Experience, Memory, and Affect. Cambridge: Cambridge University Press, 2013.
HOLANDA, Sérgio B. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1995.
HORA, Juliana; Vagner Porto; Wagner Magalhães; Elaine Alencastro. Unveiling Regional Archaeological Heritage, Historical Archaeology at Vale do Ribeira: The Case of Sobrado dos Toledos, Iguape-São Paulo.” International Journal of Historical Archaeology, v. 24: 707–727, 2020.
KELLY, José A; Marcos A. Matos. A Politics of Regard: Action and Influence in Lowland South America. In: COSTA Luiz; CASEY, High (eds). Lowland South American World. London: Routledge, p. 1-22, 2020.
KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Cia das Letras, 2019.
KRONE, Ricardo. Informações ethnográficas do valle do Rio Ribeira de Iguape. Exploração do Rio Ribeira de Iguape. Comissão Geographica e Geológica do Estado de São Paulo. São Paulo: Typographia Brazil de Rothschild & Co., p. 23-34, 1908.
KRONE, Richard. Die Guarany Indianer des Aldeamento do Rio Itariri im Staate von Sao Paulo in Brasilien. Mitteilungen der Anthropologischen Gesellschaft in Wien, v. 36, p. 131-146, 1906.
LADEIRA, Maria I. O caminhar sobre a luz: o território mbya à beira do oceano. São Paulo: EDUNESP, 2007.
LAGROU, Els. No caminho da miçanga: um mundo que se faz de contas. Catálogo Museu do Índio. Rio de Janeiro: Museu do Índio, p. 10–15, 2016.
LIMA, Adriana S. et al. Comunidade tradicional caiçara da Jureia (Litoral sul do Estado de São Paulo, Brasil). In: CUNHA, Manuela C.; MAGALHÃES, Sônia B.; ADAMS, Cristina (eds.). Povos tradicionais e biodiversidade no Brasil: contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais para a biodiversidade, políticas e ameaças. São Paulo: SBPC, 2022, p. 16-75.
MACEDO, Valéria M. Cultura e afecção em uma aldeia guarani na Serra do Mar. (Tese de Doutorado em Antropologia Social), São Paulo: Universidade de São Paulo, 2009.
MAGNANI, Cláudia; Ana M. Gomes, Suely Maxacali; Maisa Maxakali. Panela de barro, água de batata, linha de embaúba: práticas xamânicas das mulheres Tikmũ’ũn-Maxakali. Cadernos de Campo, v. 29, n. 1, p. 262–281, 2020.
MAGRINI, Amanda. Lá no alto, o barro é encantado: A cerâmica do alto vale do Ribeira—SP. (Dissertação de Mestrado), São Paulo: Universidade Estadual Paulista, 2019.
MAINARDI, Camila. Construindo proximidades e distanciamentos: Etnografia Tupi Guarani da Terra Indígena Piaçaguera/SP. (Dissertação de Mestrado), São Paulo: UNIFESP, 2010.
MAINARDI, Camila. Desfazer e Refazer Coletivos: o movimento Tupi Guarani. (Tese de Doutorado), São Paulo: Universidade de São Paulo, 2015.
MAINARDI, Camila. Tupi Guarani: Entre usos e exegeses. Revista de @ntropologia da UFSCar, v. 9, n. 2, p. 73-86, 2017
MATHIESON, Louisa. O recenseamento escolar de 1920 na imprensa Paulista: Uma campanha cívica de combate ao analfabetismo. Educação & Pesquisa v. 44, p. 1-19, 2018.
MATOS, Beatriz; Júlia Santos; Luísa Belaunde. Corpo, terra, perspectiva: o gênero e suas transformações na etnologia. Amazônica: Revista de Antropologia, v. 11, 2, p. 392–412, 2019.
MATOS, Marcos. Organização e história dos Manxineru do alto rio Iaco. (Tese de Doutorado). Florianópolis, Universidade Federal de Santa Catarina, 2018.
MELIÀ, Bartomeu. Potyró: La cuestión del trabajo indígena Guaraní. In: Anais do VIII Simpósio Nacional de Estudos Missioneiros, Santa Rosa, 1989, p. 295–326.
MELLO, Louise Cardoso de. Juntando cacos: persistência e reexistência nas práticas cerâmicas no Vale Guapore. Cadernos do Lepparq, v. 19, n. 37, 2022.
MONTEIRO, John M. Blacks of the Land: Indian Slavery, Settler Society, and the Portuguese Colonial Enterprise in South America. Cambridge: Cambridge University Press, 2018.
MONTEIRO, John M. Tupis, Tapuias e historiadores: estudos de história indígena e do indigenismo. (Tese de Livre Docência). Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2001.
MONTERO, Paula. Selvagens, civilizados, autênticos: A produção das diferenças nas etnografias salesianas (1920– 1970). São Paulo: EDUSP, 2012.
MROZOWSKI, Stephen; Rae Gould; Heather Law Pezzarossi. Rethinking Colonialism: Indigenous Innovation and Colonial Inevitability. In: CIPOLLA, Craig N.; Katherine H. Hayes (eds.). Rethinking Colonialism: Comparative Archaeological Approaches. Gainesville: University Press of Florida, p. 121–142, 2015.
NASCIMENTO, Haydée. Cerâmica folclórica em Apiaí. Revista do Arquivo Municipal, v. 186, p. 45–121, 1986.
NOELLI, Francisco S. Che rog pypia aje katu! A linguagem da casa-longa Guaraní no século XVII. Tellus, v. 22, 2022.
NOELLI, Francisco S. The Tupí: Explaining Origin and Expansions in Terms of Archaeology and of Historical Linguistics. Antiquity, v. 72, n. 277, p. 648–663, 1998.
NOELLI, Francisco S., Giovana C. Votre; Marcos C. P. Santos; Diego D. Pavei; Juliano B. Campos. Ñande reko: fundamentos dos conhecimentos tradicionais ambientais Guaraní. Revista Brasileira de Linguística Antropológica, v. 11, n. 1, p. 13–45, 2019.
NOELLI, Francisco S.; Marianne Sallum. A Cerâmica Paulista: cinco séculos de persistência de práticas Tupiniquim em São Paulo e Paraná, Brasil. Mana: Estudos de Antropologia Social, v. 25, n. 3, p. 702–742, 2019.
NOELLI, Francisco S.; Marianne Sallum. Comunidades de mulheres ceramistas e a longa trajetória de itinerância da cerâmica paulista. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, v. 34, p. 132–153, 2020a.
NOELLI, Francisco S.; Marianne Sallum. Para cozinhar... as panelas da Cerâmica Paulista. Habitus, Revista Goiana do Instituto de Pré-História e Antropologia, v. 18, n. 2, p. 501–538, 2020b.
NOELLI, Francisco S.; Marianne Sallum. Por uma história da linguagem da Cerâmica Paulista: as práticas compartilhadas pelas mulheres. Revista Brasileira de Linguística Antropológica, v. 13, n. 1, p. 367–396, 2021.
NUNES, Leonardo. Carta aos Padres e Irmãos de Coimbra. São Vicente, novembro, 1551. Monumenta Brasiliae, v.1, p. 200–210. 1953.
PANICH, Lee M. Archaeologies of Persistence: Reconsidering the Legacies of Colonialism in Native North America. American Antiquity, v. 78, n. 1, p. 105–122, 2013.
PANICH, Lee M.; Rebecca Allen; Andrew Galvan. The Archaeology of Native American Persistence at Mission San José. Journal of California and Great Basin Anthropology, v. 38, n. 1, p. 11–29, 2018.
PEDROSO Jr, Nelson; Cristina Adams; Rui Murrieta. Slash-and-Burn Agriculture: A System in Transformation. Current Trends in Human Ecology, v. 12, n. 34, p. 12–34. 2009.
PEIXOTO, Silvia A.; NOELLI, Francisco S; SALLUM, Marianne. A(s)gentes do Camorim: a materialidade do trabalho em um engenho do sertão carioca. Cadernos do Lepparq, 19(37), 2022.
PEREIRA, José. A Cerâmica popular da Bahia. Salvador: Aguiar e Souza, 1957.
PERONDI, Nivaldo; BEGOZZI, Alpina; HANAZAKI, Natália. Artisanal fishers’ ethnobotany: from plant diversity use to agrobiodiversity management. Environment, Development, and Sustainability, v. 10, n. 5, p. 623-637.
PERRONE-MOISÉS, Beatriz. Aldeados, aliados, inimigos e escravos: lugares dos índios na legislação portuguesa para o Brasil. In Anais do Congresso Luso-Brasileiro Portugal-Brasil: memórias e imaginários, v. 1. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, p.147–164. 1999.
PERRONE-MOISÉS, Beatriz. Festa e guerra. (Tese de Livre Docência). São Paulo: USP. 2015.
PEZZAROSSI, Guido. Tribute, Antimarkets, and Consumption: An Archaeology of Capitalist Effects in Colonial Guatemala.” In: FUNARI, Pedro Paulo; SENATORE, Ximena M. (eds). Archaeology of Culture Contact and Colonialism in Spanish and Portuguese America. New York: Springer, 2015, p. 79–102.
PITA, Sebastião da Rocha. História da America Portugueza. Lisboa: Officina de Joseph Antonio da Sylva, 1730.
PNAD/IBGE. 2015. https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/popula¬cao/18313 -populacao-rural-e-urbana.html
QUEIROZ, Maria I Pereira. Bairros rurais paulistas: dinâmica das relações bairro rural-cidade. São Paulo: Duas Cidades, 1973.
RABELLO, Elizabeth. Os ofícios mecânicos e artesanatos em São Paulo na segunda metade do século XVIII. Revista de História, v. 112, p. 575–588, 1977.
RODRIGUES, Aryon; Ana Suelly Cabral. Tupian. In: CAMPBELL, Lyle; V. Grondona (eds). The Indigenous Languages of South America. Berlin: Mouton de Gruyter, 2012, p. 495-574.
SAINT-HILAIRE, Auguste de. Voyage dans les Provinces de Saint-Paul et de Sainte-Catherine, v. 2. Paris: Arthus Bertrand Libraire-Éditeur, 1851.
SALLUM, Marianne. Colonialismo e ocupação tupiniquim no litoral sul de São Paulo: uma história de persistência e prática cerâmica. (Tese de Doutorado), São Paulo: Universidade de São Paulo, 2018.
SALLUM, Marianne; APPOLONI, Carlos; BUTRÓN, Agustín; CECCANTINI, Gregório; AFONSO, Marisa. Estudos de pigmento, pasta e vestígios químicos de cerâmica associados aos povos Tupí do Sítio Gramado (Brotas, São Paulo - Brasil). Cadernos do Lepaarq 15(30): 191–218, 2018.
SALLUM, Marianne. Por uma “aliança afetiva” entre a Arqueologia e os Saberes Tradicionais: Contribuições para o entendimento da sociedade moderna no Brasil. Cadernos do Lepaarq, v. 19, n. 37, 2022.
SALLUM, Marianne; Francisco S. Noelli. ‘A pleasurable job’... Communities of women ceramicists and the long path of Paulistaware in São Paulo. Journal of Anthropological Archaeology, v. 61, n. 1, p. 1–12, 2021.
SALLUM, Marianne; Francisco S. Noelli. An Archaeology of Colonialism and the Persistence of Women Potters’ Practices in Brazil: From Tupiniquim to Paulistaware. International Journal of Historical Archaeology, v. 24, n. 3, p. 546–570, 2020.
SANDE, Antônio. Relatório do Governador António Paes de Sande (1692). Annaes da Bibliotheca Nacional do Rio de Janeiro, v. 39. p. 197–200, 1917.
SCHEUER, Herta L. Estudo da cerâmica popular do Estado de São Paulo. São Paulo: Conselho Estadual de Cultura, 1976.
SILLIMAN, Stephen W. Change, and Continuity, Practice and Memory: Native American Persistence in Colonial New England. American Antiquity, v. 74, n. 2, p. 211–230, 2009.
SILLIMAN, Stephen W. Colonialism in Historical Archaeology. In: ORSER, Charles E; Andrés Zarankin; Pedro Paulo Funari; Susan Lawrence; James Symonds (eds.). Handbook of Global Historical Archaeology. London: Routledge, 2020, p. 41–60.
SZTUTMAN, Renato. O profeta e o principal: a ação política Ameríndia e seus personagens. (Tese de Doutorado) São Paulo: Universidade de São Paulo, 2005.
TIBURTIUS, Guilherme. Altere Hauskeramik aus der Umgebung von Curitiba, Paraná, Südbrasil-ien. Anthropos, v. 63/64, n. 1/2, p. 49–74, 1968.
TORÍBIO-MEDINA, José. Los viajes de Diego García de Moguer. Santiago de Chile: Imprenta Elziviriana, 1908.
TRIGG, Heather. Food Choice and Social Identity in Early Colonial New Mexico. Journal of the Southwest, v. 46, n. 2, p. 223–252, 2004.
TUXÁ, Yacunã. https://claudia.abril.com.br/feminismo/ilustracao-mulheres-indigenas/), 2020.
VIEIRA, Antonio. Voto sobre as dúvidas dos moradores de São Paulo acerca da administração dos Índios. Salvador, 12 de julho de 1694. In: VIEIRA, Antonio. Vozes Saudosas... Lisboa: Officina de Miguel Rodrigues, p. 141–166, 1756.
VLB. Vocabulário na língua brasílica. São Paulo: FFLCH/USP, 1952, 1953.
WILLEMS, Emilio. The Structure of the Brazilian Family. Social Forces, v. 31, n. 4, p. 339–345, 1953.
XAKRIABÁ, Célia. Amansar o giz. PISEAGRAMA, v. 14, p. 110 - 117, 2020.
XAKRIABÁ, Nei Leite. Ensinar sem ensinar. PISEAGRAMA, Belo Horizonte, nº 15 [conteúdo exclusivo online], dezembro de 2021.
Copyright (c) 2022 Marianne Sallum, Francisco Silva Noelli
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os Cadernos do LEPAARQ publicam artigos em português, espanhol, italiano, francês e inglês, sem cobrança de nenhum tipo de taxa em nenhum momento, respeitando a naturalidade e o estilo dos autores. As provas finais serão enviadas aos autores, para sua conferência antes da publicação. O Conselho Editorial não se responsabiliza por opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos publicados. O periódico Cadernos do LEPAARQ oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento. Os textos publicados poderão ser depositados imediatamente pelos autores em suas páginas pessoais, redes sociais e repositórios de textos.Nesse sentido, o periódico não tem fins lucrativos, de modo que os direitos autorais dos artigos publicados pertencerão aos respectivos autores e estes não receberão nenhuma forma de remuneração. Dessa forma, ao enviar o artigo, o autor do mesmo estará automaticamente aceitando esta condição. A reimpressão, total ou parcial, dos trabalhos publicados deve ser apenas informada pelos seus respectivos autores ao conselho editorial do periódico. OBS. Cabe(m) ao(s) autor(es) as devidas autorizações de uso de imagens com direito autoral protegido (Lei nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998), que se realizará com o aceite no ato do preenchimento da ficha de inscrição via web.