A FAZENDA CAMAPUÃ

  • Paulo Marcos Esselin Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS
Palavras-chave: Fronteira, Colonização, Índios, Ocupação, Violência

Resumo

RESUMO: A Fazenda Camapuã constituiu-se no primeiro núcleo português permanente de Mato Grosso do Sul, tornando-se frente de povoamento extremamente importante em uma colônia em que as fronteiras eram móveis e provisórias. Entreposto de abastecimento aos monçoeiros que se dirigiam às minas de ouro de Cuiabá, com produção regular de gêneros agrícolas e de animais para abate, também cumpriu papel importante dentro da política de expansão portuguesa no sentido de reforçar a submissão e exploração dos povos autóctones, sobretudo os caiapós, legítimos habitantes destes territórios.ABSTRACT:  The Farm Camapuã constituted the first permanent Portuguese core of Mato Grosso do Sul, became front line of settlements and extremely important for a colony whose borders were transitory and moving. As a supplier for monçoeiros who addressed to the Gold mines in Cuiabá, and producer of agricultural genres and slaughter animals, also played an important role in the Portuguese expansion policy in order to reinforce the submission and exploitation of the native people, especially the Caiapós people, legitimate inhabitants of those territories.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paulo Marcos Esselin, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS
Possui graduação em Licenciatura Plena Em História pela Universidade Católica Dom Bosco (1981), mestrado em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1994), doutorado em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2003) e Pós Doutorado pela Universidade de São Paulo (2009). Atualmente é professor associado II da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul .Tem experiência na área de História, com ênfase em História Latino-Americana, atuando principalmente nos seguintes temas: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, colonização, ocupação territorial e Aquidauana.

Referências

ALMEIDA, Mario Monteiro de. Episódios históricos da formação geográfica do Brasil: Fixação das raias com o Uruguai e o Paraguai. Rio de Janeiro: Pongetti, 1951.

ALMEIDA SERRA, Ricardo Franco. Da descrição geographica da provincia de Matto Grosso feita em 1797, por Ricardo Franco de Almeida Serra, sargento mor de Engenharia. Revista Trimestral de História e Geographia do Instituto Historico e Geographico Brasileiro, Rio de Janeiro, tomo sexto, p. 156-196, 1865.

CABRAL CAMELLO, João Antônio. Notícias práticas das minas do Cuiabá. Cuiabá: UFMT/Secretaria de Educação e Cultura, 1975.

CAMPESTRINI, Hildebrando; GUIMARÃES, Acyr Vaz. História de Mato Grosso do Sul. 4. ed. Campo Grande: Brasília, 1995.

CAMPOS, Antonio Pires de. Breve noticia que da o capitão Antonio Pires de Campos do gentio barbaro que ha na derrota da viagem das Minas do Cuyabá e seu Recôncavo em 1723. Revista Trimestral do Instituto Historico e Geographico e Ethnographico do Brasil, Rio de Janeiro, tomo XXV, 3º trimestre, p. 437-449, 1862.

CORRÊA FILHO, Virgílio. História de Mato Grosso. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1969.

D’ALINCOURT, Luiz. Resultados dos trabalhos e indagações statisticas da Provincia de Matto-Grosso. Cuiabá: [s.n.], 1828.

ESSELIN, Paulo M. A pecuária bovina no processo de ocupação e desenvolvimento econômico do Pantanal sul-mato-grossense: 1830-1910. Dourados: UFGD, 2011.

FERREIRA NETO, João. Raízes de Coxim. Campo Grande: UFMS, 2004.

FLORENCE, Hercules. Viagem fluvial do Tietê ao Amazonas: 1825-1829. São Paulo: Cultrix, 1977.

HOLLANDA, Sergio Buarque de. Monções. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1990.

JUZARTE, Teotônio Jose. Diario de Navegação da Navegação do Rio Tietê, Rio Grande Paraná e Rio Guatemi em que dá relação de todas as coisas mais notáveis destes Rios, seu curso, sua distância, e de todos os mais Rios, que se encontram, ilhas, perigos, e de tudo o acontecido neste Diário, pelo tempo de dois anos, e dois meses. Que principia em 10 de Março de 1769, In: TAUNAY, Affonso de E. Relatos Monçoeiros, introdução, coletânea e notas de Affonso de E. Taunay, Belo Horizonte – São Paulo, Itatiaia- Edusp, 1981.

LACERDA E ALMEIDA, Francisco José de. Diários de viagem. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1944.

LANGSDORFF, George Heinrich Von. Os diários de Langsdorff: 26 de agosto de 1825 a 22 de novembro de 1826. . SILVA, Danuzio Gil Bernardino da. (Org.). Traduzidos por Marcia Lyra São Paulo. Campinas: Associação Internacional de Estudos Langsdorff. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1997. v. 2.

LEVERGER, Augusto. De São Paulo a Curitiba: derrota de navegação interior: da Vila de Porto Feliz na província de São Paulo à cidade de Cuiabá, capital da província de Mato Grosso: 1830. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, v. 247, p. 356-391, abr./jun. 1960.

MENEZES, Rodrigo Moreira César. Relação verdadeira da derrota e viagem que fez da cidade de São Paulo para as minas do Cuiabá, o Exmo. Sr Rodrigo Moreira César de Menezes. Governador e Capitão-general da Capitania de São Paulo e suas minas, descobertas no tempo de seu governo e nele mesmo estabelecidas. In: TAUNAY, Afonso de E. História das bandeiras paulistas. Seleção e introdução de Antonio Paim. São Paulo: Centro de Documentação do Pensamento Brasileiro, 2012.

MOURA, Antônio Rolim de. In: MARTINS DE PAIVA, Ana Mesquita; SOUZA, Maria Cecilia Guerreiro de; GEREMIAS, Nyl-Iza Valadão Freitas. (Orgs.). D. Antônio Rolim de Moura: primeiro Conde de Azambuja: correspondências. Cuiabá: UFMT, 1982. v. 1.

MOURA TAVARES, Antônio Rolim. Diário de viagem. In: MENDONÇA, Marcos Carneiro. Rios Guaporé e Paraguai: primeiras fronteiras definitivas do Brasil. Rio de Janeiro: Xerox, 1985.

Notícias práticas das minas do Cuiabá: documento da coleção do Padre Diogo Juares. In: TAUNAY, Afonso de E. História das bandeiras paulistas. São Paulo: Melhoramentos; Instituto Nacional do Livro, 1975.

RONDON, Candido. Matto – Grosso o que ele nos oferece e o que espera de nos. Conferencia realizada a 31 de Julho de 1920, pelo Exmo. Snr. General Candido Mariano da Silva Rondon, perante a Sociedade Rural Brasileira, na cidade de São Paulo. São Paulo: 1920.

SÁ CARVALHO, J.R. de. O varadouro do Camapuã na rota das bandeiras e monções para Cuiabá. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, v. 42, , p. 238-248, 2º semestre de 1942.

SODRÉ, Nelson Werneck. Oeste: ensaio sobre a grande propriedade pastoril. Rio de Janeiro: José Olympio, 1941.

TAUNAY, Afonso de E. História das bandeiras paulistas. São Paulo: Melhoramentos/Instituto Nacional do Livro/Ministério da Educação e Cultura, 1975.

TAUNAY, Afonso de E. História das bandeiras paulistas. Seleção e introdução de Antonio Paim. São Paulo: Centro de Documentação do Pensamento Brasileiro, 2012.

TAUNAY, Afonso de E. Relatos monçoeiros. São Paulo: [s.n.], s.d. (Biblioteca Histórica Paulista.)

Publicado
2016-10-15
Como Citar
Esselin, P. M. (2016). A FAZENDA CAMAPUÃ. Cadernos Do LEPAARQ (UFPEL), 13(26), 47-65. https://doi.org/10.15210/lepaarq.v13i26.8092
Seção
Dossiê Colonialismo, Processos, Territórios e Povos Indígenas na Região Platina