A COVID-19 E O ESTADO FIGURACIONAL

Palavras-chave: COVID-19, Desglobalização, Estado figuracional, Transfiguração social

Resumo

A pandemia de COVID-19 é um fenômeno que se apresenta no imaginário dos indivíduos, com elevado potencial transformador das relações sociais, inclusive fomentando uma retomada do papel do Estado da implementação de políticas públicas ou na construção de uma nova dinâmica de solidariedade. O presente estudo discute esta possível mudança, por meio de uma revisão histórica da recente transformação das estruturas estatais no período pós 1960, as quais influenciaram de alguma forma no combate à pandemia, como o neoliberalismo, a globalização, a fragmentação das estruturais estatais e o aumento da interdependência global derivada dos avanços das tecnologias comunicacionais. O argumento central consiste no entendimento de que a possível mudança decorrente desta pandemia é aparente e contextual, não representa uma possível transfiguração social, mas tão somente uma adequação urgente para atender as necessidades sociais decorrentes da crise instaurada, para conter o avanço da doença. O Estado, neste sentido, deve ser compreendido como uma estrutura figuracional, cujas características são influenciadas pelos contextos sociais, desenhadas dentro de um movimento de avanços e recuos, de acordo com compreensão cultural, econômica e política predominante em cada época.

Biografia do Autor

Sandro Ari Andrade de Miranda, Universidade Federal de Pelotas
Advogado, Mestre em Ciências Sociais e Doutorando em Sociologia pela Universidade Federal de Pelotas - UFPEL.
Publicado
2021-11-29
Como Citar
Miranda, S. A. A. de. (2021). A COVID-19 E O ESTADO FIGURACIONAL. Perspectivas Sociais, 7(01). https://doi.org/10.15210/rps.v7i01.20595