PANDEMIA E ATITUDES EM RELAÇÃO À IGUALDADE DE GÊNERO

Palavras-chave: Pandemia, Gênero, Valores Políticos.

Resumo

Esta pesquisa se propôs a averiguar a hipótese de que o contexto social pandêmico, em conjunto com suas consequências econômicas e sociais, pode influir sobre as disposições relativas à igualdade de gênero no cenário nacional. O estudo é quantitativo e o material empírico é proveniente do projeto Valores em Crise, coordenado pela World Values Survey Association (WVS), referente a três ondas de painel aplicadas no Brasil entre os anos de 2020 e 2021, sendo empregadas técnicas de análise de dados no ambiente R de programação, com o intuito de avaliar se houve alterações entre as ondas e apontar quais variáveis podem esclarecer maior ou menor variação entre elas. Os resultados indicam que não houve alterações significantes entre as ondas de painel analisadas, contudo, foi observado que períodos de crise podem em certa medida afetar o comportamento individual.

Biografia do Autor

Carla Fernanda Rosa, Universidade Estadual de Maringá
Mestranda em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Maringá (PGC-UEM), Pós-Graduada em Docência para Educação Profissional e Tecnológica pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (IFES-2021), Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Maringá (UEM-2022), Licenciada em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Maringá (UEM-2020). Desenvolve pesquisas relacionadas a comportamento político. É integrante do Núcleo de Pesquisa em Participação Política (NUPPOL-UEM), e do Grupo de Pesquisa Cultura Política, Comportamento e Democracia (CPCD-UEM/UFPR). Atualmente é Funcionária Pública Temporária na Universidade Estadual de Maringá (UEM-NEAD).

Referências

AKOTIRENE, C. Interseccionalidades (Feminismos Plurais / coordenação de Djamila Ribeiro) ISBN 978-85-98349-69-5 1. São Paulo : Sueli Carneiro ; Pólen, 2019. 152p.

AMÂNCIO, L. O gênero no discurso das Ciências Sociais. Análise Social, vol XXXVIII (168), p. 687-714, 2003.

BAQUERO, M. MORAIS, J. Brasil pós-pandemia. Reconstruindo o capital social e uma cultura política assertiva. Revista USP, São Paulo, n. 131, p. 99-120, outubro/novembro/dezembro 2021.

BAVEL, J. J. V. et al. Using social and behavioural science to support COVID-19 pandemic response. Nature Human Behaviour, v. 4, n. 5, p. 460–471, 1 mai. 2020.

FACIO, A. FRIES, L. Feminismo, género y patriarcado. In: FRIES, Lorena; FACIO, Alda (eds.). Género y Derecho. Santiago de Chile, LOM Ediciones, La Morada, 1999.

GIALLONARDO, V. et al. The Impact of Quarantine and Physical Distancing Following COVID-19 on Mental Health: Study Protocol of a Multicentric Italian Population Trial. Frontiers in psychiatry, v. 11, p. 533–533, 5 jun. 2020.

HSIAO, C. Analysis of Panel Data. 3. ed. Cambridge: Cambridge University Press, p. 1–39, 2014.

INGLEHART, R.; WELZEL, C. Modernization, cultural change, and democracy: the human development sequence. Cambridge: Cambridge Univ. Press, 2010.

INGLEHART, R. The Silent Revolution in Europe: Intergenerational Change in Post-Industrial Societies. The American Political Science Review, 65, n. 4, p 991-1017, 1971.

INGLEHART, R; NORRIS, P. Rising Tide: Gender Equality and Cultural Change Around the World. Cambridge: Cambridge Univ. Press, 2009.

MENEGUELLO, R; PORTO, F. A confiança em um governo de crise e retrocesso. Revista USP, São Paulo, n. 131, p. 81-98, outubro/novembro/dezembro 2021.

MOHANTY, C. On Humanism and the University I: The Discourse of Humanism (Spring - Autumn, 1984), pp. 333-358 (26 pages) Published By: Duke University Press

PATEMAN, C. O contrato Sexual. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1993. p. 1-38.

REIS, J. Mulheres, direitos políticos, gênero e feminismo. Cadernos Pagu – Dossiê O gênero da política: feminismos, Estados e Eleições, p.169-196, 2014.

RIBEIRO, E. et al. Valores emancipatórios, personalidade e pandemia de Covid-19. Revista USP, São Paulo, n. 131, p. 13-32, outubro/novembro/dezembro 2021.

SEARS, D. “Political socialization”, in F. I. Greenstein; N. W. Polsby (orgs). Handbook of political science, vol. 2. Boston, Addison-Wesley, 1975, p. 93-153.

SCOTT, J. Gênero, uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade. Porto Alegre, vol. 20, n° 2, jul./dez. p. 71-99, 1995.

WELZEL, C. Freedom rising: human empowerment and the contemporary quest for emancipation. Cambridge: Cambridge Univ. Press, p. 1-87, 2013.


CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBERIA, L.; ROSA, I. De que maneira a ideologia afeta a disposição a se vacinar contra o Sars-Cov-2. Revista USP, São Paulo, n. 131, p. 47-64, outubro/novembro/dezembro 2021.

BARBETTA, P. Estatística aplicada às Ciências Sociais. Florianópolis: UFSC, 2005.

CASTRO, H. C de O. et al. Valores Morais e de auto-expressão: Pós-Materialismo em/na crise. Revista USP, São Paulo, n. 131, p. 33-46, outubro/novembro/dezembro 2021.

CRENSHAW, K. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero, 1989.
GADARIAN, S. K. et al. Partisanship, health behavior, and policy attitudes in the early stages of the COVID-19 pandemic. Plos One, v. 16, n. 4, 7 abr. 2021.

GUILLAUMIN, C. (1992), «Question de différence», in Sexe, race et pratique du pouvoir. L’Idée de nature, Paris, Côté-Femmes.

HIRATA, H. Gênero, classe e raça interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais, Dossiê - Trabalho e Gênero : Controvérsias • Tempo soc. 26 (1) • Jun 2014.
JUREMA, S. B. Ações e estratégias do CNDM para o empoderamento das mulheres. Revista Estudos Feministas, v. 9, n. 1, p 207-212, 2001.

MASSUCHIN, M; CERVI, E. Confiança na mídia durante a pandemia de covid-19 no Brasil: adesão às mídias tradicionais e digitais, aspectos socioeconômicos e a intersecção com avaliação do governo. Revista USP, São Paulo, n. 131, p. 65-80, outubro/novembro/dezembro 2021.

OLIVEIRA, M; AMÂNCIO, L. Teorias feministas e representações sociais: desafios dos conhecimentos situados para a psicologia social. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 14(3): 272, setembro-dezembro/2006.

RIBEIRO, E; OLIVEIRA, R. Cultura política e gênero no Brasil: estudo sobre a dimensão subjetiva da sub-representação feminina. Revista Política Hoje, Recife, v. 22, n. 1, p. 167-205, 2013.

SACCHET, T. Capital social, gênero e representação política no Brasil. Opinião Pública, Campinas, v. 15, n. 2. p. 306-332, 2009.

WILKINSON, S. “Theoretical Perspectives on Women and Gender”. In: UNGER, Rhoda (ed.). Handbook of the Psychology of Women and Gender. New York: Wiley, p. 17-28, 2001.

YOUNG, I. A imparcialidade e o público cívico: Algumas implicações das críticas feministas da teoria moral e política. In: BENHABIB, Seyla. CORNELL, Drucilla (Cord.). Rio de Janeiro: Rosa dos tempos LTDA. p. 66-86, 1987.
Publicado
2024-03-18