ATUALIDADE HISTÓRICA DA CRÍTICA DE ACUMULAÇÃO PRIMITIVA DO CAPITAL
OS MASSACRES EXPROPRIATÓRIOS CONTRA OS GUARANI E KAIOWÁ
Palavras-chave:
Acumulação primitiva, Agronegócio, Crítica da economia política, Guarani e Kaiowá, Lutas socioterritoriais
Resumo
Marx nos legou um arcabouço teórico-crítico para a compreensão do modo de produção capitalista. Em muitos sentidos, seu pensamento possui atualidade. Contudo, as transformações pelas quais passou o sistema do capital nos últimos cento e cinquenta anos, nos marcos de suas crises e reestruturações produtivas, nos desafiam a melhor compreender sua dinâmica contemporânea. Neste artigo, busca-se compreender a atualidade da noção marxiana à acumulação primitiva do capital, considerando especificamente a forma prioritária pela qual se expressa o padrão de acumulação de capital no sul do estado de Mato Grosso do Sul, ou seja, via o agronegócio sobre as lutas socioterritoriais dos povos indígenas Guarani e Kaiowá. Para tanto, apresentam-se contribuições de Rosa Luxemburgo, David Harvey e Silvia Federici sobre o tema e um breve histórico da resistência Guarani e Kaiowá contra as expropriações, destacando os acontecimentos conhecidos como Massacres de Caarapó e de Guapoy em sua relação com a acumulação de capital. O estudo utilizou-se de revisão bibliográfica, pesquisa documental, fontes jornalísticas e relatos de movimentos sociais. Ao final, entende-se que a expropriação através da violência,típica da acumulação primitiva, permanece inerente ao atual padrão de acumulação, dada a necessidade irrefreável de expansão do capital, em seu movimento de reprodução ampliada.Referências
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Publicado
2024-07-19
Como Citar
Pereira, M. H. S. (2024). ATUALIDADE HISTÓRICA DA CRÍTICA DE ACUMULAÇÃO PRIMITIVA DO CAPITAL: OS MASSACRES EXPROPRIATÓRIOS CONTRA OS GUARANI E KAIOWÁ. Perspectivas Sociais, 10(01), 17-39. Recuperado de https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/percsoc/article/view/27327
Seção
Artigos
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