ENTRE A PERMISSÃO E A PROIBIÇÃO: BATUQUES, DANÇAS E CONFLITOS NA CAPITANIA DE PERNAMBUCO DURANTE O SÉCULO XVIII
Resumo
No presente texto, discutimos, a partir de registros jurídico-administrativos, encerrados no Arquivo Histórico Ultramarino, e religiosos, produzidos pelo antigo Tribunal do Santo Ofício português, durante o século XVIII, como sujeitos africanos e seus descendentes lidavam com os discursos contrários e a favor de suas práticas religiosas em Recife na Capitania de Pernambuco. Discutimos, através de um embate administrativo entre o Governador José César de Meneses e o Missionário Capuchinho Constantino de Parma, como Igreja e Estado tratavam os batuques realizados em praça pública e locais privados. Com isso, objetivamos identificar e analisar como os promotores – africanos e descendentes – dos batuques e outras expressões afro-religiosas conseguiam pôr em prática sua cultura, indo de encontro aos discursos normatizadores que visavam a erradicação de suas danças, festas e batuques.Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
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