ENFERMIDADES DE CARÁTER ZOONÓTICO EM EQUINOS DE CARROÇA: VISÃO DOS PROPRIETÁRIOS DA PERIFERIA DE PELOTAS

  • Leticia da Silva Souza Universidade Federal de Pelotas
  • Carlos Eduardo Wayne Nogueira Universidade Federal de Pelotas
  • Fábio Raphael Pascoti Bruhn Universidade Federal de Pelotas
  • Débora Machado Noguera Universidade Federal de Pelotas
  • Nathália de Oliveira Ferreira Universidade Federal de Pelotas
  • Bruna da Rosa Curcio Universidade Federal de Pelotas
DOI: https://doi.org/10.15210/ee.v124i3.16257
Palavras-chave: Cavalo de tração. Saúde pública. Epidemiologia Social.

Resumo

O objetivo do presente estudo foi estimaro conhecimento dos proprietários em situação de vulnerabilidade social em relação àsenfermidades de carácter zoonótico de equinos utilizados em carroças, atendidos no ambulatório do Hospital de Clínicas Veterinária da UFPel. Foram entrevistados quinze proprietários pertencentes àsfamílias moradoras do loteamento Ceval do município de Pelotas, RS cadastradas no projeto de extensão “Ação Interdisciplinar de atenção a carroceiros e charreteiros na periferia de Pelotas”. Para coleta de dados foram aplicadas a estes proprietários, por meio de entrevista,vinte e uma questões referentes às seguintes zoonoses: leptospirose, raiva, tétano e mormo. Através da análise descritiva dos dados observou-se que os entrevistados demonstraram maior nível de conhecimento quando questionados sobre leptospirose e tétano, enfermidades circulantes nestes ambientes devido àhigiene precária das instalações e utensíliosutilizados no manejo dos animais, enquanto o mormo e a raiva apresentaram os menores índices de conhecimento por parte dos entrevistados. Sendo assim,os conhecimentossobre doenças de caráter zoonótico demonstrados por estes proprietários podem ser um reflexo das ações educativas juntamente com o atendimento clínico realizado no ambulatório do HCV-UFPel.

Biografia do Autor

Leticia da Silva Souza, Universidade Federal de Pelotas
Mestranda no programa de Pós-Graduação em Veterinária, Universidade Federal de Pelotas, Campus Capão do Leão, CEP 96100000, Pelotas, Rio Grande do Sul – Brasil.
Carlos Eduardo Wayne Nogueira, Universidade Federal de Pelotas
Professor Doutor - Departamento de Clínicas Veterinária e Programa de Pós-Graduação em Veterinária - Faculdade de Veterinária-UFPel - Universidade Federal de Pelotas, Campus Capão do Leão, CEP 96100000, Pelotas, Rio Grande do Sul – Brasil.
Fábio Raphael Pascoti Bruhn, Universidade Federal de Pelotas
Professor Doutor-Departamento de Veterinária Preventiva, Programa de Pós-Graduação em Parasitologia e Pós-Graduação em Veterinária - Faculdade de Veterinária-UFPel - Universidade Federal de Pelotas, Campus Capão do Leão, CEP 96100000, Pelotas, Rio Grande do Sul – Brasil.
Débora Machado Noguera, Universidade Federal de Pelotas
Especialista em Clínica Médica de Equinos pela Universidade Federal de Pelotas, Campus Capão do Leão, CEP 96100000, Pelotas, Rio Grande do Sul – Brasil.
Nathália de Oliveira Ferreira, Universidade Federal de Pelotas
Graduanda em Medicina Veterinária - Faculdade de Veterinária - UFPel - Universidade Federal de Pelotas, Campus Capão do Leão, CEP 96100000, Pelotas, Rio Grande do Sul – Brasil.
Bruna da Rosa Curcio, Universidade Federal de Pelotas
Professora Doutora – Departamento de Clínicas Veterinária e Programa de Pós-Graduação em Veterinária – Faculdade de Veterinária – UFPel – Universidade Federal de Pelotas, Campus Capão do Leão, CEP 96100000, Pelotas, Rio Grande do Sul – Brasil.

Referências

ARAÚJO, L. O.; CURCIO, B.R.; OLIVEIRA, D.P. et al. Atenção integral a carroceiros e catadores de lixo de Pelotas, RS. Expressa Extensão, v. 20, p. 113-123, 2015.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Controle da raiva dos herbívoros.Brasília: MAPA/SDA/DAS, 2009.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.Manual de diagnóstico laboratorial da raiva.Brasília: MAPA/SDA/DAS, 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional da Saúde. Manual de leptospirose. Brasília: Centro Nacional de Epidemiologia, 1995.

CHAVES, D. P. Resultados do exame de mormo:nov. 2009. Disponível em: http://www.cernitas.com.br/content/2009/12/resultados-do-exame-de-mormo. Acesso em: 14 jan. 2019.

DEWES, C. et al. Fatores de risco associados à sororeatividade para leptospirose em cavalos urbanos na cidade de Pelotas, RS. In: Encontro de Pós-Graduação, 19., 2017, Pelotas. Resumos.Pelotas: UFPel, 2017.

FREITAS, T. P. T. Prevalence of Leptospirainterrogansantibodies in free-ranging Tayassupecari of the Southern Pantanal, Brazil, an ecosystem where wildlife and cattle interact. Tropical Animal Health and Production, v. 42, n. 8, p. 1695-1703, 2010.

HELDENS, J. G. M. Duration of immunity induced by an equine influenza and tetanus combination vaccine formulation adjuvanted with ISCOM-Matrix. Vaccine, v.28, n.43, p. 6989-6996, 2010.

INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL. Índice salarial nacional. Brasília: INSS, 2019.

IZQUIERDO, V. S. et al. Atendimento e vacinação para raiva e tétano em equinos de tração no ambulatório Ceval-HCV/UFPel. In: Congresso de Extensão e Cultura,3., 2016, Pelotas. Resumos. Pelotas: UFPel, 2016.

MATTHEWS, J. B. Facing the threat of equine parasitic disease. Equine Veterinary Journal, v. 43, n.1, p.126-132, 2011.

MOLINA, C. V. Sero-epidemiological survey for brucellosis, leptospirosis and toxoplasmosis in free-ranging Alouattacaraya and Callithrixpenicillata from São Paulo State, Brazil.Journal of Medical Primatology, v. 43, n. 3, p. 197-201, 2014.

MOTA, R. A. et al. Glanders in donkeys (Equusasinus) in the state of Pernambuco, Brasil: a case report. BrazilianJournalofMicrobiology, v.41, p.146-149, 2010.

OLIVEIRA, D. P. et al. Alterações clínicas em equinos de tração de Pelotas/RS no período de 2014 a 2015. Revista Brasileira de Medicina Eqüina, v. 35, p.15, 2016.

PEDROSO, A. C. B. R.; SOUSA, G. C.; NEVES, M. D. Tétano Em potro atendido pelo serviço de controle sanitário e atendimento clínico-cirúrgico de cavalos carroceiros Hospital Veterinário.2012.Disponível em: http://serex2012.proec.ufg.br/uploads/399/original_ANA_CAROLINA_BARROS_DA _ROSA_PEDROSO.pdf. Acesso em: 23 dez. 2018.

PELISSARI, D. M. et al. Tratamento da leishmaniose visceral e leishmaniose tegumentar americana no Brasil. Epidemiologia e serviços de saúde, v. 20, n.1, p.107-110, 2011.

RIO GRANDE DO SUL. Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação. Distribuição regionalizada dos focos de mormo no Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: SEAPI, 2016.

SCHELL, M. A. et al. Type VI secretion is a major virulence determinant in Burkholderia mallei. Molecular Microbiology, v.64, n.6, p.1466-1485, 2007.

SHIELD, A. L.; SILVIA, R. L; SOARES, P. M. Raiva em bovinos. Boletim Técnico do Laboratório Regional de Diagnóstico de Pelotas, n.29, p. 29-30, 2009.

Publicado
2019-08-30
Como Citar
SOUZA, L. DA S.; NOGUEIRA, C. E. W.; BRUHN, F. R. P.; NOGUERA, D. M.; FERREIRA, N. DE O.; CURCIO, B. DA R. ENFERMIDADES DE CARÁTER ZOONÓTICO EM EQUINOS DE CARROÇA: VISÃO DOS PROPRIETÁRIOS DA PERIFERIA DE PELOTAS. Expressa Extensão, v. 24, n. 3, p. 125-134, 30 ago. 2019.
Edição
v. 24 n. 3 (2019): Expressa Extensão
Seção
Relatórios

Copyright (c) 2019 Expressa Extensão

Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

A revista se reserva o direito de efetuar nos originais alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As provas finais não serão enviadas aos autores. O Conselho Editorial não se responsabiliza por opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos publicados. Os trabalhos aceitos para publicação passam a ser de propriedade da Expressa Extensão, não podendo, o autor, reclamar, em qualquer época ou sob qualquer pretexto,remuneração ou indenização pela publicação. A reimpressão, total ou parcial, dos trabalhos publicados é sujeita à autorização expressa da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura. OBS. Cabe(m) ao(s) autor(es) as devidas autorizações de uso de imagens com direito autoral protegido (Lei nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998), que se realizará com o aceite no ato do preenchimento da ficha de inscrição via web.

Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

Licença Creative Commons