Violência de gênero na escola pública: uma experiência Extensionista no contexto universitário da UEFS, Bahia

Tatiane de Lucena Lima; Sônia Lima de Carvalho; Neide de Assis Santana

doi:10.15210/ee.v25i1.17294

Tatiane de Lucena Lima Universidade Estadual de Feira de Santana http://orcid.org/0000-0003-0712-5458
Sônia Lima de Carvalho Universidade Estadual de Feira de Santana http://orcid.org/0000-0002-8116-7392
Neide de Assis Santana Universidade Estadual de Feira de Santana http://orcid.org/0000-0002-2791-7164

DOI: https://doi.org/10.15210/ee.v25i1.17294

Palavras-chave: Gênero. Violência. Escola. Extensão universitária.

Resumo

Trata-se de uma experiência de extensão universitária sobre enfrentamento à violência de gênero em uma escola pública de Feira de Santana, Bahia. O Projeto de Extensão foi desenvolvido por alunos e professores da Universidade Estadual de Feira de Santana entre 2017 e 2018, com o objetivo de visibilizar e combater a violência de gênero na escola. A metodologia do projeto envolveu diagnóstico, planejamento, aplicação de entrevistas semiestruturadas, além de intervenção pedagógica por meio de oficinas, palestras, rodas de conversa, enquetes. A aplicação do projeto resultou numa abertura de diálogo sobre a temática, construção de novos paradigmas ideológicos sobre mulheres, empoderamento feminino, violência de gênero, machismo, etc. Também possibilitou o retorno dos resultados da extensão na universidade (grupo de pesquisa, seminários e proposta de novas disciplinas com abordagem de gênero).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tatiane de Lucena Lima, Universidade Estadual de Feira de Santana

Doutora em Educação (UFBA-2012), vinculada a Linha de Pesquisa Currículo e (In)Formação e integrante do Grupo de Pesquisa Currículo, Complexidade e Formação (FORMACCE - UFBA); Mestre em Educação (UFBA - 2008); Especialista em Gestão de Instituições de Ensino Superior (FTC - 2008) e em Docência para o Ensino Superior (ABEC - 2001); Graduada em Pedagogia (UCSAL- 2000). Atualmente é professora da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e do Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge) no Curso de Pedagogia, além de consultora educacional. Tem experiência na área de Educação, Gestão, Coordenação, Pesquisa e iniciação científica, atuando principalmente nos seguintes temas: Metodologia do Trabalho Científico, Práticas Educativas, Gênero, Diversidade, Didática, Currículo, Avaliação da Aprendizagem, Formação de Professores etc.

Sônia Lima de Carvalho, Universidade Estadual de Feira de Santana

Mestre em Educação Especial pela Universidade Estadual de Feira de Santana e CELAEE/CUBA/UEFS (CENTRO LATINO AMERICANO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2002). Atualmente é professora adjunta da Universidade Estadual de Feira de Santana. Experiência na área de Filosofia, com ênfase em Metodos e Técnicas de Pesquisa, atuando principalmente nos seguintes temas: educaçãoespecial, gênero e Educação e saúde, cujas linhas e temas de pesquisa, que tem atuado são: situação de fracasso escolar, cidadania, gênero, sexualidade, políticas públicas,saúde, educação, diversidade sexual, situação de fracasso escolar e incubação de empreendimentos solidários.

Neide de Assis Santana, Universidade Estadual de Feira de Santana

Mestre em Desenvolvimento Regional e Urbano pela Universidade Salvador (2004). Atualmente é Docente da Universidade Estadual de Feira de Santana.

Referências

BANDEIRA, Lourdes Maria. Violência de gênero: a construção de um campo teórico e de investigação. Revista Sociedade e Estado, Brasília, n. 2, 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922014000200008. Acesso em: 25 jul. 2019.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Revista Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 133-184, jul./dez. 1995.

BRASIL. Ministério da Saúde. Brasil sem homofobia: programa de combate a violência e à discriminação contra GLTB e de promoção da cidadania homossexual. Brasília, 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde. Painel de indicadores do SUS nº 5: prevenção de violências e cultura de paz. Brasília, 2008.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: pluralidade cultural, orientação sexual. Brasília, 1997.

BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da população de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais. Rev. Saúde Pública, n. 42, p. 570-573, 2004.

BRASIL. Temas contemporâneos transversais na BNCC: Contexto histórico e pressupostos pedagógicos. Brasília, 2019.

CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE A MULHER. 4., 1995, Pequim. Declaração e plataforma de ação. 1995.

FERNANDES, António Teixeira. Trajectos de aquisição do poder no feminino. Sociologia, v. 15, p. 55-77. 2005.

FONSECA, Laura et al. Silêncios e invisibilidades femininas da e na escola. In: CORREIA, José Alberto; MATOS, Manuel. Violência e violências da e na escola. Porto: Afrontamento, 2003. p. 103-113.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1985.

GADOTTI, Moacir. Notas sobre a educação multicultural. In: ENCONTRO DOS EDUCADORES NEGROS DO MNU, 1992, São Paulo. Anais [...]. São Paulo, 1992.

IBGE. Dados Demográficos 2010.

LEI nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Lei Maria da Penha.

LIMA, Tatiane de Lucena. Currículo, gênero e formação: uma compreensão densa dos atos de currículo do curso de Bacharelado em Gênero e Diversidade da UFBA e suas implicações nas experiências formativas. 2012. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2012. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/21113/1/TESE_LIMA_REV%20%20JULHO%202012.pdf. Acesso em: 25 jul. 2019.

LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis: Vozes, 1997.

LOURO, Guacira Lopes. O currículo e as diferenças sexuais e de gênero. In: COSTA, Marisa Vorraber (org.). O currículo nos limiares do contemporâneo. 4. ed. Rio de Janeiro: PD&A, 2005. p. 85-92.

MCLAREN, Peter. Multiculturalismo crítico. São Paulo: Cortez, 1997.

PIGNATON, Andréa S. C. Gênero: questões educacionais: algumas reflexões. Caderno de Produção Acadêmico-Científicas do Programa de Pós-Graduação, Espírito Santo, v. 4, n. 2, p. 9-14, ago. 1996.

PM atende média de oito ocorrências de violência contra a mulher por dia em Feira de Santana. Voz da Bahia, 26 mar. 2019. Disponível em: https://vozdabahia.com.br/pm-atende-media-de-oito-ocorrencias-de-violencia-contra-a-mulher-por-dia-em-feira-de-santana/. Acesso em: 3 ago. 2019.

QUARESMA, Luisa. Violência escolar e de género: vivências e representações sociais discentes. Sociologia - Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto,Porto, n. 20, 2010.

SAFFIOTI, Heleieth I. B. O poder do macho. São Paulo: Moderna, 1987.

SAPON-SHEVIN, Mara. Celebrando a diversidade, criando a comunidade: o currículo que honra as diferenças, baseando-se nelas. In: STAINBACK, Susan. Inclusão: um guia para educadores. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. p. 288-305.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 16, n. 2, p. 5-22, jul./dez. 1990.

SCOTT, Jooan. Preface a gender and politics of history. Cadernos Pagu, Campinas, n. 3, 1994.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Identidades terminais: as transformações na política da pedagogia e na pedagogia da política. Petrópolis: Vozes, 1996.

TRIPLICAM casos de violência contra mulher em Feira de Santana. Folha do Estado, 10 fev. 2019. Disponível em: https://www.jornalfolhadoestado.com/noticias/88878/triplicam-casos-de-viol%EF%BF%BDncia-contra-mulher-em-feira-de-santana. Acesso em: 3 ago. 2019.