O silêncio como traço: o estereótipo shhhh do bibliotecário na construção da identidade da profissão

  • Yanet Fuster Universidade Católica de Pelotas
Palavras-chave: Identidade profissional, Imagem do bibliotecário, Estereótipos, Reconhecimento

Resumo

Tendo em conta o processo de construção de identidades, no caso do bibliotecário, a manutenção de certos estereótipos que persistem há gerações e que, a meu ver, têm afetado o nosso trabalho, a carreira e o desenvolvimento da profissão. Tentarei explicar através deste percurso porque considero que o silêncio transversaliza crenças sobre a disciplina e tem permeado a sua construção identitária no que diz respeito à forma como os outros nos veem, como nos vemos e o que fazemos para mudar a realidade. Neste trabalho irei me referir ao conceito de reconhecimento e também ao de invisibilidade como não participação no sentido social, buscando problematizar a abordagem, pois considero que o auto-reconhecimento ocorre a partir do reconhecimento de outros que internalizamos . Refiro-me ao silêncio como invisibilidade ao dar-nos a conhecer nas diversas áreas em que a nossa presença como profissionais da informação poderá contribuir e acrescentar valor ao desenvolvimento de uma ideia ou de um projeto. Apresentarei a noção de estereótipo em relação à biblioteconomia percorrendo aqueles marcos que ajudaram na construção da disciplina, tentando explicar em que sentido eles contribuem para a fixação de ideias no imaginário e a persistência do silêncio.
Publicado
2019-03-08
Como Citar
Fuster, Y. (2019). O silêncio como traço: o estereótipo shhhh do bibliotecário na construção da identidade da profissão. Revista Linguagem & Ensino, 21, 413-430. https://doi.org/10.15210/rle.v21i0.15131