Uma prática de leitura

a emergência do impossível no fio do discurso

  • Marilei Grantham Universidade Católica de Pelotas
  • Ercília Cazarin
Palavras-chave: Leitura, Língua, Possível e impossível da língua, Ato falho, Equívoco

Resumo

O texto realiza, sob a ótica da Análise do Discurso, a prática de leitura de um enunciado que fez parte da capa da Revista IstoÉ, n. 2436, de 12 de agosto de 2016, em reportagem intitulada É HORA DE SAIR. A referida revista, conhecida por ter se posicionado sempre fazendo duras críticas ao governo Dilma, nessa edição, contrariando sua linha editorial e a própria chamada da matéria, estampa o enunciado “Os crimes contra ela ficaram evidentes”. Concebendo a língua como materialidade do discurso com espaço para o possível e para o impossível que lhe é próprio, e tomando o enunciado como texto, nos permitimos apreender efeitos desse impossível que emerge pela língua. A IstoÉ, na perspectiva da psicanálise, acaba produzindo um ato falho e, na da AD, um equívoco que se constrói pela própria língua, fazendo emergir o impossível do discurso para a FD que sustenta os dizeres da IstoÉ.

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Publicado
2019-03-08
Como Citar
Grantham, M., & Cazarin, E. (2019). Uma prática de leitura: a emergência do impossível no fio do discurso. Revista Linguagem & Ensino, 21, 465-485. https://doi.org/10.15210/rle.v21i0.15193