Limites formais e inscrições
observador como o ponto axiomático em sistemas cognitivos
Resumo
Neste artigo objetivamos aproximar os limites da formalização em sistemas lógicos, relacionados aos paradoxos da autorreferência, ao uso de inscrições na produção e validação do conhecimento. A hipótese defendida é a de que a incompletude de tais sistemas está relacionada à questão do observador, pois a consideração de vários níveis descritivos exige a localização de uma cognição corporificada. Tal problemática fica mais emevidencia nos domínios interdisciplinares do conhecimento, pois o diálogo entre modelos de totalização de cada disciplina precisa, paradoxalmente, assumir a impossibilidade de uma visualização total do conhecimento. Conclui-se que as inscrições, numa abordagem sistêmica, devem ser pensadas como interfaces entre experiência e abstração, o que exige considerar as técnicas de representação do conhecimento como local privilegiado de validação e compartilhamento de experiências.