O pensamento de Eduardo Prado e a América hispânica como exterior constitutivo do Brasil em fins do século XIX e princípios do século XX
Resumo
Pretendemos investigar, neste artigo, o pensamento de Eduardo Prado, bem como de alguns de seus interlocutores, sobre a América Hispânica como exterior constitutivo do Brasil na virada do século XIX para o século XX. Trata-se de um período na história intelectual do/no Brasil que foi marcado pelas diversas instabilidades que a própria ideia de identidade mobilizava, resultando num esforço fracassado de reconstituir totalidades do passado e mesmo de garantias para o futuro. Entendemos que as disputas em torno das identidades e sua historicidade foram não somente um problema no âmbito político, como também, uma crise de valores e de sentido histórico que os autores finisseculares vivenciaram em termos de experiência histórica quando pensaram não somente o Brasil, mas um de seus principais exteriores constitutivos.