Trabalho doméstico
mosaico da interseccionalidade em Cartas a Uma Negra
Resumo
Este artigo busca analisar Cartas a Uma Negra (1978), de autoria da martinicana Françoise Ega, que consiste na identificação entre histórias de vida e interlocução epistolar idealizada com a escritora brasileira Carolina Maria de Jesus (Quarto de Despejo: diário de uma favelada). Parte-se da definição estrutural de interseccionalidade como referência para investigação e reflexões sobre o trabalho doméstico como instrumento de relações de poder, inferiorização e dominação de trabalhadoras domésticas antilhanas negras, na França da década de 1960. Os resultados obtidos consistem na constatação da similaridade do peso dos processos discriminatórios e excludentes que afligem a mulher negra em diferentes partes do mundo. A construção desta pesquisa foi efetuada por meio de pesquisa e revisão bibliográfica cuja finalidade, por meio da crítica literária feminista, foi a de aplicar a obra de autoras dedicadas aos estudos interseccionais, como Akotirene (2019), Collins e Bilge (2020), Crenshaw (1989) e Davis (2016), entre outras.Referências
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